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Língua Afiada

As estatísticas de Portugal desfazem mitos, será?

Maria João Valente Rosa em entrevista disse que as estatísticas servem para desfazer os mitos sobre o país.

"não somos sempre nem os piores nem os melhores nem os assim-assim"

 

Dados do estudo:

O salário mínimo nacional, em 2016 ocupa o 11º lugar da lista dos países da EU.

Portugal apresenta-se com a terceira taxa mais elevada na União Europeia (UE) de população empregada com contrato temporário de trabalho.

Portugal ocupa a 16.ª posição na lista dos países da UE, com 11,9% do total da população empregada a tempo parcial.

Portugal é o terceiro país da União Europeia,  depois da Grécia e de Itália, com mais despesas em pensões, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB).

Por cada 100 ativos há 57,7% de pensionistas.

É o 13.º país em termos de área, nos 28 Estados-membros.

É o 12.º país mais populoso da EU.

 

Afinal não somos um país pequeno, estamos a meio da tabela em dimensão e população, este é um mito desfeito:

"Muitas vezes dizemos [que] Portugal é um país pequeno e, olhando para dois indicadores que estão no retrato, podemos concluir que Portugal, de facto, não é um país pequeno"

Uma pena que pequeno nem sempre signifique ser pequeno em tamanho e população, se assim fosse todos os nossos problemas estariam aparentemente resolvidos, afinal somos médios.

 

Outro mito que cai por terra mediante as estatísticas é dizermos que este Portugal é um país de doutores e engenheiros.

 

“A maioria, 53% dos empregadores em Portugal, tem no máximo o 9.º ano de escolaridade, enquanto, na Europa, a maioria dos empregadores tem o secundário ou ensino superior. Neste indicador somos os piores da Europa", realçou a diretora da Pordata.

Note-se que exportamos constantemente mão-de-obra especializada com o ensino superior mas que em Portugal 53% dos empregadores têm o 9º ano. Perdoem-me os mais convencionais, mas este dado explica o porquê da pobre gestão das empresas portuguesas, temos um país de patrões e não de gestores, gostava tanto que isto fosse um mito.

 

A especialista disse que "não é necessariamente em tudo" que Portugal é um país do sul.

E exemplificou: "existem áreas em que Portugal está muito distante de alguns países do sul da Europa, por exemplo, na percentagem de nascimentos fora do casamento - a maioria dos nascimentos em Portugal já são fora do casamento, estamos muito próximo de países do norte da Europa, como a Suécia, e longe de países como a Itália ou a Grécia", apontou.

 

Alguém me pode dar uma, apenas uma razão objetiva para que os nascimentos fora do casamento sejam um bom indicador?

Será porque são característicos dos países do norte da Europa? Será que isso é suficiente para ser encarado como um bom indicar de desenvolvimento?

A diretora diz “a maioria dos nascimentos em Portugal já são fora do casamento” o já significa o quê? Que caminhamos para que sejam todos.

Acreditando-se ou não na instituição ou contrato casamento, não serve esta união para cimentar a sociedade? Em que medida os filhos fora do casamento são um bom indicador?

Indicam quebra de preconceito ou indicam falta de rendimento?
Indicam um comportamento liberal ou indicam imprudência?

Misturam-se dados económicos com sociais como se a sua leitura fosse imediata, não consegui acesso ao estudo completo mas tenho imensa curiosidade em saber em que outros campos Portugal se aproxima mais dos países do norte da Europa.

2 comentários

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    Psicogata 20.10.2017 10:40

    Ainda estou estupefata com as declarações da diretora, primeiro porque um dado social não pode ser analisado friamente e segundo porque quem conhecer um pouco da sociedade portuguesa sabe bem porque é que os filhos são fora do casamento.
    Conheço diversos casos em que os pais não se casam e mantêm moradas separadas para terem benefícios e subsídios, tantos, mas tantos, os mesmos que depois até casam quando a criança já é mais crescida.
    Para não falar que há quem não case porque casar ainda implica uma despesa, pois em Portugal para grande parte da população casar ainda é como manda a tradição com festa para toda a família e amigos.
    Quanto ao tecido empresarial português é o que se vê, já falei disso variadas vezes, falta visão, estratégia, formação em gestão para que as empresas possam ser competitivas.
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