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Língua Afiada

As linhas que as separam são ténues

Há uma linha que separa uma crítica de um ataque.

Há uma linha que separa frontalidade de má educação.

Há uma linha que separa a minha liberdade da liberdade dos outros.

Há uma linha que separa a ironia da degradação.

Há uma linha que separa os direitos dos deveres.

Há uma linha que separa a opinião da generalização.

Há uma linha que separa o bom gosto do mau gosto.

Há uma linha que separa os bons costumes dos maus.

Há uma linha que separa moda do excêntrico.

Há uma linha que separa o original do falsificado.

Há uma linha que separa admiração de inveja.

Há uma linha que separa amor do ódio.

 

Estas linhas são tão ténues, tão finas que por vezes caminhamos com um pé de cada lado.

A minha liberdade termina no ponto onde começa a liberdade do outro, e a minha frontalidade e honestidade terminam quando começam os sentimentos do outro.

Mas a capacidade de lidar, absorver e compreender a crítica, a ironia, o sarcasmo e o humor dos outros não termina onde começa a minha capacidade de criticar, ironizar e recorrer ao sarcasmo e ao humor.

 

Soubessem as pessoas levar-se menos a sério.

Soubessem as pessoas rir-se de si próprias.

Soubessem as pessoas ser mais descontraídas.

Ah o Mundo seria um lugar muito mais divertido.

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