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Língua Afiada

O Facebook e a Inveja

Eu já ouvi um pouco de tudo em relação a este tema, mas na generalidade as pessoas, ingénuas, acreditam que o aumento da inveja é culpa do Facebook e de outras redes sociais.

Pois, só que não, a culpa é das pessoas que sentem inveja.

Há custa disto conheço pessoas que deixaram mesmo de partilhar fosse o que fosse no seu mural para não levar com maus-olhados, agouros e comentários ressabiados.

A primeira pergunta? Porque não eliminam esses amigos? Existem diversos motivos para que as pessoas não eliminem esses amigos, razões profissionais, ligações familiares, vergonha e essencialmente porque apesar da inveja algumas dessas pessoas podem ser mesmo suas amigas.

Outras começaram a organizar os amigos do Facebook por grupos com permissões diferentes, não estou a falar dos grupos predefinidos como família, amigos chegados, restrito, não, refiro-me a grupos criados de raiz onde os membros só veem o que o dono do perfil quer.

Outras abandonaram o Facebook e abraçaram o Instagram, não é que adiante muito o que não faltam são contas sem fotos criadas só para espiar.

Eu optei por todas as opções anteriores, partilhar menos, filtrar as partilhas e usar mais o Instagram. Resultou?

Não. Porque neste mundo onde a tecnologia está entranhada até aos ossos, só mesmo eliminando as contas e cortando relações com toda a gente que as usa é que se consegue fugir disto.

 

Então a (re)solução para 2016 é – Roam-se de inveja à vontade!

Se quiserem eu disponibilizo-vos vaselina para os cotovelos ou uma esfoliação para acabarem com as peles secas, água rás para branqueamento de sorrisos amarelos e chá de menta para a azia.

Ide-vos catar e arranjar sarna para vos coçar (que pelos vistos ultimamente até é fácil), fiquem com estômago embrulhado sempre que desejarem, incrédulos questionem à vontade de onde vem o dinheiro e a boa disposição e sintam-se à vontadinha para transferir uns euros para a minha conta se quiserem.

Ando sempre na boa vida? Ando porque posso e porque quero, a boa vida é mais questão de atitude do que de dinheiro, é mais uma questão de gestão do que de recursos.

 

Vão ao monte apanhar pinhas e aproveitem arejem essas cabecinhas.

Não percam tempo a questionarem e a indagarem – como conseguem?

Façam pela vida, usem mais o telemóvel para fotografar sorrisos do que a desdenhar com os dedos.

Saiam do sofá e respirem ar puro.

Em vez de comerem comida pré confecionada no microondas vão até à cozinha e cozinhem para vocês e para os amigos.

Em vez de perderem tempo com mesquinhices da vida dos outros, leiam um bom livro, vejam um bom filme ou comecem a ver uma boa série.

Em vez de comprarem doces comprem um ramo de flores para alegrarem a casa.

Sentem-se no sofá a degustar um bom copo de vinho e um bom queijo e apreciem a vida.

A vida foi feita para ser vivida por nós, não para estarmos a tentar compreender a vida dos outros.

 

Não desperdicem tempo a escrutinar a vida dos outros, vivam a vossa.

 

 Imagino como seria se tivesse conta de Facebook há uns 15 anos atrás, acho que deixava de ter amigos tal seria a dor de cotovelo…

 

 

 

 

3 comentários

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    Psicogata 03.02.2016 14:08

    A culpa não é das aplicações é de quem as usa.
    Se expomos a nossa vida a mais pessoas é normal que tenhamos mais pessoas a criticar e a invejar.
    Mas isso sempre existiu, só que em vez de ser no Facebook era nas mercearias, cabeleireiras, etc.
    Já cheguei à conclusão que não vale a pena as pessoas acabam todas por saber das coisas por isso publico à vontade.
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    Patricia 03.02.2016 19:46

    Tudo se resume a isso mesmo, o problema está nas pessoas
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