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Língua Afiada

O sorriso que disfarça a desgraça mental

Nunca a expressão feita num oito fez tanto sentido para mim, quando uma pessoa pensa que já não possível sentir-se ainda mais cansada eis que por alguma congeminação do demónio consegue sentir-se ainda mais desgastada e agastada, é que não basta o cansaço da nossa vida ainda temos de aturar com os desvarios da vida dos outros.

O ritmo tem sido tão frenético que já dei por mim várias vezes com os olhos fixos no nada e pensamento vazio, uma espécie de sono acordado em que desligo o cérebro sem me aperceber.

 

Depois de uma fase em que dava por mim a queixar-me do cansaço, da falta de tempo, do trabalho, da necessidade de férias, lamúrias que nem são características minhas, dou por mim agora com um sorriso estampado nos lábios, gargalhada fácil e aparente bom humor, isto pelo menos até colocar um pé dentro de casa, depois disso a minha irritação regressa com requintes de malvadez e suga-me qualquer energia que tivesse de reserva.

 

A ser verdadeira melhor andar de sorriso estampado no rosto do que olheiras até ao umbigo, nunca me dei muito a desesperos e não será agora, por mais que a minha vida esteja num novelo, que o farei.

Mas custa, custa muito manter a leveza de espírito, quando nos deixam na nossa vidinha sossegados tudo corre bem, mas quando alguém interfere com ela está o caldo entornado, digamos que por incompetência terem-me deixado uma hora e meia à espera é coisa para me desalinhar os chakras durante umas horas ou até dias.

Acho que nem dormi bem tamanha a explosão de stress, mas acordei com o sorriso estampado no rosto, porquê?

Não faço ideia, mas é sempre melhor ter um sorriso como acessório do que má cara.

 

Não andava em mim nos últimos tempos, mas a nossa personalidade acaba sempre por vencer, é por isso que não adianta tentar ser ou parecer algo que não se é, a nossa verdadeira essência virá sempre à superfície.

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