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Língua Afiada

Ódios de Verão #4

Ter que levar com os “Avecs”

 

Perdoem-me, não tenho nada contra emigrantes, aliás tenho imenso respeito por quem abandona a sua pátria em busca de uma vida melhor.

Mas odeio os que cá chegam e se dão a ares de superioridade, arrogantes, abrem a boca até atrás para gritar que Portugal não presta, que este ou aquele país é muito melhor, que lá nada disto acontecia e o disto pode ser uma fila de trânsito ou uma fila de supermercado.

Este discurso até poderia resultar há 30 anos atrás quando a maioria dos portugueses não conhecia nada mais do que a fronteira com Espanha, hoje é só parvo.

Curiosamente os que enchem o peito para falar mal de Portugal, são os mesmos que regressam religiosamente todos anos e sonham com o regresso definitivo.

Portugal é um país com muitos problemas, sou a primeira a admiti-lo, mas atirar o chavão – Isto só em Portugal! por tudo e por nada revolve-me o estômago.

A alfinetada final é quando falam entre si animadamente numa língua estrangeira, que julgam ninguém perceber, mas quando se enervam com os petizes desarrolham um sem fim de palavrões, impropérios e brejeirices que até quem fala português diariamente tem dificuldade em reconhecer.

Bem que podiam dizer os palavrões em francês, pelo menos assim os mais distraídos poderiam achar que era alguma palavra finesse!

3 comentários

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    Psicogata 13.07.2017 14:26

    Vais ficar caladinha porquê?
    Não estamos a ofender ninguém a apenas a observar o nosso desagrado com um determinado comportamento.
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    Ana 13.07.2017 14:33

    Sim, tens razão.
    A questão é que essa característica do "isto só em Potugal" é típica de muitos portugueses. Não só desses "avecs".
    Para ser mais directa, é algo próprio dos inconformados, revoltados com aquilo que têm, com aquilo que não conseguem ter, mas incapazes de fazer algo para mudar.
    Esses "avecs" que referes, são exatamente o "tipo" de emigrante que a única coisa que faz é sair de Portugal, mas depois o comportamento, a atitude, mantém exatamente igual aquele que tinha na "terrinha", ou lá onde quer que vivia. Mas julga-se mais importante do que os outros, porque já não estão em Portugal e "lá fora é que é bom".
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