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Língua Afiada

Bronzeado "chocante" da filha de Carolina Patrocínio ou antes os comentários chocantes.

Em primeiro lugar, quero dar os meus parabéns a Carolina Patrocínio pela paciência que tem, é preciso realmente muita para aturar os indignados das redes sociais.

 

Este é um não assunto de uma não notícia, e é por isso que este texto não é sobre o chocante bronzeado, mas sobre as chocantes observações dos portugueses.

 

No top entra diretamente para primeiro lugar:

“Em 2017, ver uma criança com esse bronze parece-me choquante”

Em 2017 tal como refiram várias pessoas parece-me chocante alguém escrever choquante! Isso sim é caso de estudo.

 

“Ela e muito Linda , mas tao Bronzeada com esta idade e normal ?”

Não, as crianças portuguesas não bronzeiam! Será que nunca viu uma criança morena?

 

“Como é possível que esta criança esteja com este bronzeado? Mãe irresponsável!”

Sim, é muito irresponsável onde já se viu deixar a filha ficar com um bronze de meter inveja?

 

“Fica feio......faz mal.....já não se usa.....mau exemplo......”

Pessoas morenas fechem-se todas em casa, estão fora de moda! E não façam praia, não podem claro ficar mais morenas.

 

“Para não parecer injusta gostava de saber que fator de protecção usa na bébé e se ela está assim sem se expor naquelas horas críticas que os pediatras desaconselham. Obrigada”

De depois há uma pessoa que faz questão de pedir informação adicional antes de criticar, porque a Carolina vai já fazer-lhe um relatório dos dias de praia das filhas, só porque disse obrigada no fim.

 

“Uma criança daquela idade não deve estar ao sol daquela maneira. Tudo bem que ela já pode ter uma pele mais escura, mas claramente pela cor da miúda tudo indica que ela passa a vida ao sol. Ninguém é imune aos perigos do sol, por mais escuro que se seja.”

Para o fim deixei a opinião de um expert no assunto que por uma simples foto traçou logo todo o cenário, é claro, óbvio que a miúda apanhou sol a mais e nas horas errada. Não conseguem perceber isso? Não são experts.

 

Estes são apenas alguns exemplos, mas poderíamos juntar vários comentários racistas e de acusações de obesidade, todos com o tom acusador e de superioridade, e, creio, que os mais graves terão sido apagados a julgar por outros comentários em resposta.

Há crianças assim morenas, muitas, que bronzeiam com o ar, tive vários exemplos na família, não era preciso irem muitos dias à praia e muito menos apanhar muito sol, a própria aragem do mar era suficiente para que ficassem rapidamente morenos. A minha irmã e o meu primo ainda hoje são assim, ficam morenos à sombra.

A menina é morena mesmo no Inverno, o que queriam que acontecesse no Verão? Perdesse a cor?

 

Mas será que as pessoas não têm mais nada que fazer da vida do que julgar os outros?

Não me venham com o argumento da exposição, alguém expor parte da sua vida não dá direito a ninguém a tecer julgamentos públicos, acusações, ofender, questionar e exigir seja o que for.

Assim como a ignorância e a proteção de ecrã não dão direito a ofender gratuitamente o outro. Ou agora somos todos juízes, mesmo não conhecendo os factos e sem advogados de defesa?

 

A Justiça em Portugal tem mais casos do que os que dá conta em tempo útil, mas umas queixas e consequentes condenações por ofensa pública nas redes sociais seriam recomendáveis a título de exemplo, com indemnizações e multas avultadas, só para que as pessoas pensassem duas vezes antes de darem luz aos seus pensamentos parvos e infundados.

Uma legislação mais apertada e um controlo por parte das próprias redes sociais é recomendável, se as pessoas não têm educação para as usar que lhes sejam barradas, porque ninguém merece ter assim o seu mural devassado de ignorância, estupidez e arrogância.

 

O mesmo se passa com os comentários nos jornais e nos blogs, é devastadora a quantidade de palavrões e ofensas escritas gratuitamente, a raiva que se ausculta por detrás da quantidade de palavras vis é um espelho da falta de educação, mas principalmente espelho da falta de valores que a sociedade atravessa, onde a exposição de uma opinião contrária é sinónimo de ataque e ofensa.

 

Com que direito atacamos figuras públicas, jornalistas, bloggers? Quanto tempo faltará para que o mesmo comportamento transite das redes sociais para as ruas? Para que seja normal agredir verbalmente qualquer pessoa?

Gostaria de dizer que quem tem este comportamento são jovens rebeldes à procura do seu lugar na sociedade, mas não são, é um comportamento transversal a todas as idades e, arrisco, a todas as classes.

Com que moral estes adultos educam e educarão as crianças do futuro?

Nenhuma!

E têm eles a coragem de criticar a Carolina Patrocínio por ter uma filha morena…

 

Os vestidos (trapos) dos Globos

Não vi a cerimónia, aborrece-me, por acaso fiz zapping quando o comediante Luís Franco Bastos estava a atuar, parei para ver, se o João Manzarra não percebeu que tem de mudar de corte de cabelo, jamais entenderá.

Já agora estará a Sic tão pobre de apresentadores que tem de colocar o João Manzarra a apresentar a sua gala mais importante do ano?

Mas vim aqui para falar de trapos, não era suposto, mas quando percorri as imagens da red carpet de ontem a minha alma ficou parva com tanta transparência, tanto decote e tanto azeite, coitado do azeite que é um alimento tão fino e requintado.

Os meus parabéns aos homens, muito requinte se viu por lá, mulheres aprendam com eles, se é possível inovar no smoking imaginem o que se pode fazer com um vestido! Pois já sei que se há margem para inovar há ainda mais margem para se espetarem ao comprido com direito a registo fotográfico e vídeo para mais tarde recordar.

E houve quem se tivesse espetado e estatelado completamente no chão e acho que continuarão por lá algum tempo, que há coisas que permanecem na nossa memória.

 

Ana Marques não se conseguiu decidir por um vestido curto ou comprido, na dúvida levou os dois.

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Luciana Abreu valeu a tentativa, mas a Carolina Loureiro ganhou.

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Lia Carvalho não se quis chatear muito e vestiu um festido de praia que decidiu combinar com uma maquilhagem e cabelos do festival de rock, tudo a ver, com umas botas e estava perfeita para o Coachella

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Liliana Santos os robes são para usar em casa.

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Catarina Rebelo ainda tens tempo para brilhar, mas uma imagem constrói-se desde cedo, como o pepino, ir a uma festa de camisa de noite, mesmo que seja uma bonita, não é adequado.

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Bárbara Lourenço todos sabemos que menos é mais, mas o fitting é importante, assim ficou só estranho.

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Carolina Loureiro já toda a gente sabe que tens curvas não precisas de ser exibicionista.

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Joana Solnado que raio de cinto é esse? Mas resolveu tudo andar a depenar as aves, onde andavam os defensores dos animais?

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Sara Matos o vestido é giro, mas essas sandálias arruinam qualquer look!

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Bárbara Guimarães envolvida em papel de alumínio, e a carteira, é da moda eu sei, mas não para este evento e as plataformas, não havia necessidade.

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Débora Monteiro achou que Festa é Festa e por isso o melhor é vestir fogo de artifício, Débora devias ter ouvido as sábias palavras do Salvador.

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Sofia Correia nunca lhe disseram que é feio copiar? E já agora para copiar copia-se bem, não se copia mal.

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Sofia Cerveira o robe é para usar em casa, déjà vu, mesmo que seja brilhante não é para usar numa festa.

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Patrícia Mamona eu entendo que a menina quisesse levar algo simples, mas não era preciso tanto!

Com um corpo destes e vai assim, uma pena.

 

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Fábia Rebordão deu 10 a 0 à concorrência, usou não só um vestido pavoroso, numa cor duvidosa, como ainda resolveu fazer pandã com a clutch, e a cereja no topo do bolo? Os parafusos na cabeça, um look que é uma mistura de Guerra dos tronos e o Regresso do Frankenstein.

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Mas também houve quem estivese bem, as minhas favoritas:

 

Oceana Basílio a provar que não é preciso mostrar muita pele.

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Raquel Strada elegante como é habitual.

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Filipa Areosa num vestido romântico que lhe cai tão bem.

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Diana Chaves com um vestido e um sorriso que espalham charme.

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Não sei quem é esta menina, mas gosto muito do corte e do padrão do vestido.

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Bárbara Taborda num vestido de princesa.

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 Marianne Bittencourt na minha opinião foi a vencedora da noite, simples, elegante a usar tão bem o azul, a beleza da modelo também ajuda.

 

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Fotografias Move Notícias, mais fotos disponíveis na sua página.

 

Portuguesas em Cannes

Um dia temos a Sara Sampaio

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Noutro dia temos a Cristina Ferreira

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O que é que ambas têm em comum?

A localização de nascença e presença, apenas.

 

Há quem diga que Cristina Ferreira escolheu um modelo arrojado, há quem não tem sido tão meigo nas observações e tenha apelidado o vestido de coisas menos próprias.

Com franqueza, pode ser arrojado, pode ser diferente, ela até pode querer dar que falar e por isso ter escolhido este modelo totalmente não convencional, mas para a próxima, seja qual o tipo de vestido que use, que o use bem e no tamanho certo.

Que erro de fitting tão crasso!

 

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Na minha opinião, e é só a minha opinião, o vestido é pavoroso e o cinto? O cinto, OMG acho que dispensa adjetivos.

Quando o ser diferente ultrapassa o bom senso temos cenários destes, mas Cristina não está sozinha, muitos desastres já se viram e muitos mais se preveem até ao fim do Festival.