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Língua Afiada

Blogs de estimação, de irritação e de incompreensão

Ultimamente tenho falado nos meus posts e não só sobre blogs, compreensível porque ando a ponderar algumas (bastantes) alterações ao blog.

Esta reflexão, análise e introspeção faz com que não só analise o meu blog como os outros, se já sabia que tinha blogs de estimação, que gosto de visitar sempre que posso, confirmei que tenho blogs de irritação que me causam uma urticária irascível mas que a curiosidade mórbida me leva às vezes a ler, o que eu não sabia é que tinha blogs de incompreensão que me deixam atónita e admirada sempre que por teimosia tento procurar neles alguma razão, justificação, sentido.

 

Como eu própria afirmo há público para todos os tipos de blogs, a qualidade dos blogs é subjetiva, mas, perdoem-me se consideram isto uma incoerência, não entendo como blogs que são coleções de pedaços de outras publicações, autores e álbuns de recortes de agências de viagens existem. Não por terem público, é óbvio que têm, tudo o que ofereça conteúdo agregado sem esforço é bem acolhido, mas não entendo como fazem sentido para os seus autores.

Há um que me tira especialmente do sério, acho-o absolutamente desprovido de essência, essência esse fator que deveria ser a base de um blog cujo objetivo é inspirar. Tem tão pouca essência que o autor sempre que escreve um texto original tem necessidade de o assinar.

Quão mau pode ser isso?

 

Sei que os blogs funcionam como tudo resto, a oferta adequa-se à procura, mas há blogs que fazem lembrar os anúncios dos gelados magnum – vê-mos no vídeo alguém a comer um gelado enorme e depois quando pedimos o gelado na esplanada ficamos na dúvida se se enganaram no pedido e em vez do magnum normal nos serviram a versão mini - abrirmos um blog com uma imagem apelativa, claramente profissional, imagens bonitas, frases inspiradoras, lê-mos com mais atenção e percebemos que estamos a ver uma versão graficamente apelativa do Facebook da cifras.

A sensação que fica é o que blog é uma fraude, que faz parecer algo que não é e isso deixa-me triste, não é inveja é incompreensão.

 

O que me leva a uma conclusão:

Independentemente do rumo que este blog possa tomar nunca será uma coleção de pensamentos dos outros, será sempre sobre o que eu penso, certo ou errado, coerente ou incoerente, bonito ou feio, alegre ou triste, simples ou elaborado, constante ou inconstante, não importa, será sempre um reflexo de mim.