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Língua Afiada

Fazer as malas – O stress e a solução

Sempre que tenho de fazer uma mala apodera-se de mim um stress crescente à medida que se aproxima a data.

Confesso que com os anos aperfeiçoei a técnica e o processo é mais fácil.

Mas o problema é que de cada vez que tenho de fazer as malas, nem que seja para um fim-de-semana subitamente percebo que tenho necessidade de comprar roupa.

É que nunca, mas nunca tenho roupa adequada às circunstâncias, ou pelo menos falta-me sempre alguma coisa, quer dizer coisas.

Poderia rever o meu guarda-roupa mentalmente e tentar alinhar as peças para verificar que afinal até tudo, mas não! Nada disso.

É muito mais giro ir pesquisar looks e perceber que nunca terei estilo, nunca serei daquelas uma daquelas mulheres elegantes sempre impecavelmente bem vestidas, que o meu cabelo nunca está alinhado e que as unhas deviam estar pintadas, que já devia ter perdido os kg que ganhei em Dezembro e ficar com vontade de comer um chocolate para combater esta frustração.

Depois desta lamúria o que levar para um fim-de-semana na serra para dar andar a passear um look giro.

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Gorro – um gorro fofinho fica sempre bem, numa cor neutra para dar com tudo.

Chapéu – uma alternativa ao gorro ou para usar num dia diferente, está na moda e é muito elegante, escolham um chapéu de abas.

Cachecol – de malha grossa e grande que permita dar várias voltas ao pescoço.

Manta – se tiverem uma manta casaco podem aproveitar para lhe darem uso, confortáveis, podem ser usadas como cachecol ou abertas e são fáceis de amarrar à mala.

Casaco ou anoraque – Um casaquinho confortável e quentinho de preferência curto ou pela anca, se for demasiado comprido acaba por atrapalhar.

Calças – esqueçam as saias e optem por umas calças confortáveis e quentinhas.

Camadas – Construir o look em camadas para que possa ser facilmente adaptável às condições climatéricas, as temperaturas podem ir dos 20 aos 3 graus em poucas horas. Casacos sobre casacos, coletes são uma boa opção.

Galochas ou botas de monte – Se vamos para a serra e antecipamos passeios escolher um calçado confortável e, já agora, impermeável é imperativo por isso galochas ou botas de montanha são o ideal.

Mala a tiracolo ou mochila – conjugar estilo e conforto é importante, por isso usem malas a tiracolo ou as mochilas que permitem mobilidade, escolham um modelo médio para conseguirem carregar para além da tralha habitual uma garrafa de água e uns pacotinhos de bolachas ou outro petisco.

 

Agora só tenho de descobrir se as peças que tenho lá por casa combinam umas com as outras, e decidir do casaco, é sempre um drama decidir o casaco.

Ou ir às compras e comprar tudo novo.

 

Divisão de tarefas – os 9 tipos de homem que (não) ajudam em casa

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Dos cuidados de um pai com os seus filhos à divisão das tarefas domésticas foi um ápice.

 

Eu não me considero uma feminista a 100% porque acho que em algumas situações o cavalheirismo, uma questão de educação, sobrepõe-se à igualdade.

Assim como concordo que em caso de catástrofe deve-se continuar a dar prioridade às crianças e depois às mulheres, isto tem a ver com fragilidade e com a continuidade da espécie e em nada com a igualdade. (Aqui há alguma margem para discussão admito.)

Um cavalheiro ceder gentilmente a passagem a uma senhora não é ser machista é ser amável e esperto porque assim poderá admirar as suas curvas. (Os homens hoje em dia não percebem nada nem de galanteios nem de estratégias de conquista mas isso fica para outro post.)

Não sou de todo uma feminista inflamada ou uma feminantimacho (palavra inventada agora como sinónimo de machista). Sou pela igualdade de direitos e de deveres e por isso sou a favor da divisão a tarefas domésticas ou quaisquer outras.

 

Mas entre o ser e o fazer vai uma diferença muito grande, esta questão causa mais discussões que crises de ciúmes e mais divórcios do que qualquer outro problema, segundo a estatística que fiz nos últimos 15m onde percorri mentalmente todos os casos de divórcio que conheço.

E após uma revisão mental existem 9 tipos de homens que ajudam ou não nas tarefas domésticas.

 

Os inusitados

Homens que devido à formação/educação e modos pensaríamos que nunca dividiram tarefas, mas que se empenham em fazê-lo, mais para se mostrarem modernos do que por inclinação, as mulheres agradecem e apregoam aos 7 ventos o maravilhoso marido que têm.

 

Os falsos ajudantes

Estes, bem vistas as coisas são a pior espécie, inventam mil e uma tarefas para fazer só para não se chegarem à frente das tarefas domésticas como limpar, arrumar e cozinhar e depois iludem-nos com as dificuldades e importância das tarefas que fazem, queixam-se que estão muito cansados e chegam a insinuar que as tarefas deles são mais importantes que as nossas, fazendo-nos acreditar que são fantásticos. Atirarem-nos à cara com um - Há quem não faça nada e passe a vida no café! Também pode surgir em caso de desespero e falta de argumentos.

 

Os pais extremosos

Este tipo de homem é um querido que toma conta dos filhos enquanto a mãe faz a lida da casa, é um espetáculo vê-lo a brincar com os filhos, a vê-lo descer psicologicamente até à idade as crianças, as mães chegam mesmo a ficar embasbacadas a babar com esta espécie.

Nada mais bonito do que um homem que brinca com os seus filhos, desde que a brincadeira não seja exclusiva para o pai, sendo sempre o pai o divertido e bom da fita e a mãe a desmancha-prazeres que impõe respeito e ainda aquela que arruma os brinquedos depois da farra. Pega nos brinquedos todos os dias mas nunca para brincar apenas para arrumar.

 

Os compensadores

Estes são talvez a espécie mais inteligente, compensam todas as tarefas das mulheres com alguma coisa que pode ir desde mimos a elogios, presentes e saídas, um jantar fora porque estás muito cansada de arrumar ou porque cozinhas todos os dias e mereces um descanso, um fim-de-semana fora para espairecer, tudo com o acréscimo de presentes estupidamente caros para o seu orçamento em aniversários e ocasiões festivas.

Mais ou menos ao estilo de - Eu gasto nas tainadas com os amigos tu gastas na cabeleireira e na esteticista.

 

Os provedores

Estes não mechem o rabo para nada, mas encarregam-se de pagar a ajuda que a mulher precisa, empregada, lavandaria, take away a proporção da ajuda varia conforme a capacidade de prover e o mau feitio da mulher. Normalmente a compensação também entra neste jogo.

 

Os que dividem

Estes são homens educados e formados para verem a mulher como um ser igual, em que ambos têm os mesmos direitos e deveres e por isso dividem tudo, não é necessário pedir que façam nada eles têm o bom senso de ajudarem e tomarem a iniciativa.

 

Os perfecionistas que ajudam

Estes bem conduzidos podem ser a melhor espécie a ter em casa, já que se usarem a sua obsessão pela perfeição podem mesmo ficar sentadas no sofá enquanto eles limpam, arrumam e executam tudo o que é tarefa só porque fazem tudo melhor do que vocês. Mas nem tudo são rosas, irão controlar e inspecionar qualquer coisa que façam.

 

Os perfecionistas que não ajudam ou ajudam pouco

Entre estes e os falsos ajudantes é difícil decidir qual a pior espécie, quando se combinam os dois é um caso sério.

Este tipo de homem é aquele que pouco ou nada faz, mas quando faz, faz bem e sente-se no direito de exigir que a mulher seja como ele. Um problema já que a mulher coitada para além de arcar com quase todas as tarefas ainda tem que o aturar a inspecionar tudo e mais alguma coisa e ter mesmo de o ouvir a chamar-lhe a atenção para algo que ficou menos bem.

 

Os machistas

Esta espécie à primeira vista poderia ser a pior, mas olhem que não é, se analisarem bem apenas há um tipo de homem que ajuda pelos motivos certos e esse tipo minhas caras é muito raro, é mais raro que diamantes amarelos.

O machista não inventa, assume que as tarefas são da mulher e pronto, mas sabe que se são dela e ela o aceita assim não pode reclamar e por isso para ele está sempre tudo bem, mesmo quando a comida está estragada e casa mal arrumada.

Não faz jogos mentais, nem se vitimiza é apenas assim com todas as desvantagens e com as pouquíssimas vantagens é certo, mas ao menos assumem-se.

 

 

Esta divisão não é estanque há homens que acumulam categorias, a única categoria que deveria existir seria a dos que dividem, mas infelizmente estamos muito longe disso, nem vale a pena apresentar razões para isso acontecer toda a gente já as sabe, inclusive os homens, acredito piamente que muitos não dividem as tarefas puramente por comodismo e preguiça, por facilitismo, e porque as próprias mulheres o permitem, porque no fundo, bem fundo eles sabem que o deveriam fazer.

 

 

Relação pai e filho - o bom exemplo de The Revenant

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Escrevi uma crítica do filme aqui, para mim o filme é uma obra-prima.

Aceito as críticas à brutalidade das imagens e ao quase exagero do sofrimento, mas o filme centra-se numa personagem e por isso é normal que a destaquem.

Não acho que tenham deixado para segundo plano as dificuldades e as atrocidades que se passavam na época, elas estão lá e são bem visíveis. O filme não é sobre isso, é sobre a jornada de Hugh Glass e por isso é a sua história que sobressai. Assim como em Ponte de Espiões as atrocidades da segunda guerra mundial estão lá, mas não são o cerne da história.

Mas o que estava mesmo à espera sobre o The Revenant é que comparassem a relação da personagem Hugh Glass com o filho à relação de que uma mãe tem com o seu filho ou que a vissem como anormal.

Como se um pai não pudesse mover mundos e fundos por um filho?

Já tive várias discussões por causa deste tema e da velha e ultrapassada frase – Mãe é mãe!

E o pai não é pai?

Enquanto as mulheres e a sociedade não perceberem que isto é um preconceito maldoso e castrador para os pais, iremos ter pais com vergonha em dar prioridade aos filhos, pais com medo de pedirem custódia partilhada, pais a serem vistos como um acessório na vida dos filhos e mulheres a serem penalizadas por serem mães.

Será que ainda não entenderam que muito do caminho para a igualdade das mães no trabalho passa por darem a mesma importância ao pai na relação com o filho.

É claro que por uma questão biológica a mãe é necessária junto da cria nos primeiros meses se amamentar, mas tirando isso o pai não é igualmente importante?

Felizmente muitos pais ignoram o preconceito e privilegiam a relação com os filhos e conheço casos em que isto é visível pela clara preferência dos filhos pelo pai e não pela mãe.

Estas relações não são exclusivas dos filmes, acontecem na vida real, há pais que fazem tudo pelos filhos, há pais que cuidam melhor dos filhos que as mães.

Existem mães más, negligentes, hostis, rudes, estúpidas. As mães antes de serem mães são pessoas e as pessoas não são todas boas. Ser mãe ou pai, não faz automaticamente uma pessoa ser melhor.

Se todas as mães querem o melhor para os seus filhos, a maioria acredito que sim, mas isso não significa que o consigam dar. Algumas são tão egoístas e perseguem tanto o sonho de serem mães que presenteiam os filhos com um mau pai.

Outras a única coisa boa que conseguem dar aos filhos é um bom pai

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aquiGitHub: Software description: a handy method for logging your code as it runs (Ruby).

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