Língua Afiada

Não havia necessidade basta ver o vídeo da sessão para perceber que não era necessário este exagero.

Exageram só porque que sim e não fica nada bem, tendo ela uma beleza natural tão distinta

Antigamente os consumidores ameaçavam com a Deco agora ameaçam com publicações nas redes sociais!

Mas as pessoas acham mesmo que por ameaçarem terão um tratamento diferente e prioritário?

Acham que as marcas e as empresas ficam a tremer como varas verdes quando alguém ameaça denegrir a sua imagem por dá cá aquela palha? Especialmente quando não têm razão?

Ganhem juízo.

Até se pode recorrer à ameaça, mas apenas quando os serviços a que temos direito nos são negados, começar a reclamação ou até um pedido de esclarecimento com uma ameaça acho que não é o melhor caminho.

Voltem lá para as partilhas das restrições ao Facebook, dos euromihões partilhados, dos santinhos e as frases feitas em português do Brasil, vão comentar as notícias do Correio da Manhã e deixem o Facebook das empresas em paz.

Se quiserem fazer queixa na Deco têm de ser sócios, o que tem vantagens até ganham uma máquina fotográfica e tudo.

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Hoje, levantei-me às 6:50h para chegar ao hospital antes das 8h para não correr o risco de sair de lá às 11h.

Quando cheguei tinha cerca de 20 pessoas à porta, 10m mais tarde umas 50 e perto das 8h nem valia a pena tentar contar.

Formam-se sempre duas filas, a dos doentes para o controlo de sangue e outra para tudo o resto.

Na primeira vez que lá fui não fazia ideia disso e tentei fixar mais ou menos o meu lugar e até tirei uma senha com um número baixo.

Da segunda coloquei-me na fila do controlo de sangue porque tiram senha na mesma máquina que os utentes para fazer análises, tive logo um desentendimento porque acharam que tinha passado à frente só porque me encostei fora do alcance da chuva em vez de ficar no meu suposto lugar numa fila que mais parecia uma roda.

Deu para perceber que os doentes de controlo de sangue, maioritariamente homens, levam aquilo muito, mas mesmo muito, a sério, mesmo tendo marcações: das 8h às 8:30h, das 8:30h às 9h, os das 9h metem-se na fila como se fossem para as 8h.

Hoje, resolvi colocar-me na outra fila bem menos hostil, pensava eu, mal se aproximaram as 8h e começou a confusão com pessoas que tinham acabado de chegar a colocarem-se à porta, algumas delas imagine-se com consulta marcada para as 9:30h mas tinham de ser as primeiras a entrar.

As portas abrem-se e a suposta fila única, passou rapidamente a 2 pessoas lado a lado para 3 até um amontoado de pessoas a empurrarem-se umas às outras. Cada vez se amontavam mais e a fila estava estática.

Reparei que não estava nenhum funcionário a distribuir as senhas, resolvi sair da fila e chegar-me ao pé da máquina, estavam os Srs. para o controle de sangue mais interessados em manter a vez do que em tirar senhas, cliquei no botão respetivo e tirei a senha n. 1. A máquina não estava a funcionar a 100% mas lá começaram a tirar senhas.

Dirigi-me à sala das análises toda contente a pensar que me iria despachar a tempo de ainda ir tomar um belo pequeno-almoço. Mas nada disso, o sistema estava em baixo e só começaram a chamar para a inscrição às 8:15h e a realizar as recolhas de sangue às 8:25h, normalmente iniciam às 8h em ponto.

Eu já estava a ver a minha vida a andar para trás porque chegavam cada vez mais pessoas com prioridade, grávidas e diabéticos. Ainda bem que tinha a senha n. 1.

Às 8:30h lá me chamaram depois de terem chamado 4 prioritários antes. Despachei-me rápido a tempo de chegar ao trabalho mas já sem tempo de ir tomar o pequeno-almoço.

Ainda bem que não tive de ficar lá muito tempo, não imaginam a confusão que por lá reinava, os prioritários queriam passar à frente dos prioritários, a fila deles ia até à porta de saída mas os que chegavam queriam ser imediatamente atendidos.

Ainda disse a uma senhora que estava a tentar aproximar-se do balcão que tinha de ir para a fila dos prioritários ao que ela me responde sou diabética tenho prioridade, eu ainda tentei dizer que toda a gente naquela fila tinha prioridade, mas ela responde-me novamente sou diabética e se não comer sinto-me mal.

Basicamente o que aconteceria a todas as grávidas e doentes diabéticos que tinham chegado muito antes dela e estavam na fila.

E ela lá continuou, não sei se a deixaram passar à frente, espero que não, estavam lá pelo menos duas grávidas em estado avançado que dispensavam estar sem comer e em pé.

De caminho têm de estabelecer prioridades entre os prioritários porque estavam todos a queixar-se que tinham de ir mais cedo que os outros.

Pois eu não estou grávida e felizmente não sou diabética, mas se estiver muitas horas sem comer baixam-me as tensões e desmaio, uma coisa que não é nada agradável, mas como não tenho prioridade tenho de me levantar cedo e estar atenta, acho que se não tivesse ido ao pé da máquina iam lá ficar até chegar o funcionário.