Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Língua Afiada

O Brad insiste em ligar-me!

14429259_10209754132463196_277587480_n.jpg

Não adianta fazeres esse pranto todo, já te disse que já tenho um Brad em casa.

Não insistas.

Vá lá enxuga as lágrimas, toma um banho, veste uma roupa bonita e vai dar um passeio.

Ouvi dizer que até estão a fazer fila para te ver na tua rua.

Eu sei que sou única, não precisas de me dizer.

Vá lá querido, não fiques assim eu apresento-te umas vizinhas que andam doidas para te conhecer.

Pode ser?

Pronto, melhor assim.

Vemo-nos daqui a uns dias em LA, descobrimos uma promoção jeitosa.

Vá, beijinhos.

Sossega, as minhas amigas irão tomar bem conta de ti.

 

pu-2.jpg

Ser pai de sangue é assim tão importante?

Homem descobre que a filha a quem deu o nome há 15 anos atrás não é sua filha e exige uma indemnização à ex-companheira.

Ao descobrir que não é pai através de um teste de paternidade, pede uma indeminização de quase 17.000€ à mãe da criança, 10.000€ de danos morais e 6350€ relativos à pensão de alimentos da alegada filha e ainda que a jovem deixe de usar o seu apelido.

Ao ler esta notícia só consigo pensar que pai terá sido este homem, independentemente de ser ou não pai da criança, assumiu que era e agora 15 anos depois quer que a mesma deixe de usar o seu apelido, que peça uma indeminização por danos morais ainda entendo, mas porquê impedir a jovem que sempre acreditou ser sua filha de usar o seu nome.

Não existirá nenhuma relação de proximidade entre o suposto pai e a filha, não existirão laços mais fortes que o sangue passados 15 anos de uma ligação parental?

Não terão contribuído os 6350€ de pensão de alimentos para a educação e formação de uma jovem que sempre acreditou ser sua filha?

O valor 6350€ também chama a atenção por ser tão parco, dividido por 15 anos dá 423,33€ por ano, o que significa que pagou por mês de pensão de alimentos 35,28€, não faço ideia quais os rendimentos deste homem, mas como é que alguém consegue criar uma filha com 35€/mês de ajuda do pai?

Que se sinta indignado com a mãe é normal, mas que arraste para isso uma jovem não é, a menos que nunca tenha sido realmente pai fora do papel.

É por isso que ser pai ou mãe de sangue é um detalhe, ser mãe e pai é muito mais do que doar genes, isso qualquer um pode fazer, desde que a sua condição física permita, já amar incondicionalmente é algo que nem todos somos capazes.

É essa capacidade de amar incondicionalmente que distingue os verdadeiros pais dos pais que são apenas código genético, um código genético que até se pode comprar num banco com a mesma facilidade que se compra um preservativo, só muda o preço.