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Língua Afiada

O lançamento e o agradecimento

Entre hoje e amanhã é dia de lançamento de um projeto muito, muito importante para mim, gostava tanto, mas tanto de o poder partilhar com vocês e com o mundo, mas não posso, ainda, quem sabe entretanto essa realidade possa mudar.

Apesar de não saberem o que é quero agradecer-vos pelo vosso apoio, pelas palavras de conforto e incentivo, por terem compreendido a minha ausência e por terem esperado o meu regresso.

O blog definitivamente faz parte da minha vida, faz-me bem, deixa-me feliz e vocês são os amigos, colegas, vizinhos e leitores melhores do mundo, até os meus anónimos são hilariantes.

E como quando estou feliz me faltam as palavras só vos posso dizer:

 

OBRIGADA!

 

Estou muito feliz e tinha mesmo que partilhar esta felicidade com vocês.

O azar e a sorte, coisas da vida.

Depois do dente, do portátil e da aliança estava com medo do que viesse a seguir, porque um azar vem sempre acompanhado e lá em casa a companhia é sempre vasta.

 

Chego a casa a correr, ando sempre a correr:

MoralezO nosso tubarão suicidou-se.

EuO quê? Estás a brincar?

Enquanto corria para o aquário a ver onde estava o peixe.

MoralezNão está, saltou do aquário, encontrei-o em cima da mesa.

EuNão pode ser! Gostava tanto do peixe, era tão vivaço.

MoralezTemos de comprar outro.

Eu - Já é o terceiro… Disse cabisbaixa.

 

Já é o terceiro, este conseguiu sobreviveu três semanas, é um recorde, segundo a menina da loja esta semana morreram vários por suicídio pois a trovoada faz com que fiquem desorientados, pelos vistos o nosso tubarão queria começar a sua aventura ao estilo À procura do Nemo.

A minha mãe sempre disse que não se devia dar nomes aos peixes, mas nós somos teimosos, o primeiro eu queria chamar-lhe Jeremias, o Moralez dizia que era Pimpolho, morreu, depois vieram dois um preto e um vermelho, ao preto chamei-lhe inconscientemente Pimpolho, o Moralez começou a chamar Tubarão ao vermelho espontaneamente. O Pimpolho morreu passados uns dias, o Tubarão estava a aguentar-se e era tão giro.

Acho que a minha mãe está certa acabaram-se os nomes para os peixes.

….

 

Estava na cozinha a preparar o jantar quando o Moralez me pergunta:

- Não levaste o copo da C. de manhã?

Eu - Claro que levei, já lho deu.

Moralez - Então o que é que está aqui a fazer este copo? Este copo não é nosso, não temos copos do Ikea.

Eu - Mas eu levei um copo…

Moralez - Não me digas que levaste o copo que tomaste o medicamento! Levaste um copo sujo?

- Acho que sim.

Moralez - Mas Piscogata os nossos copos têm letras e grandes!

Eu - Eu sei…

Moralez - Como é que conseguiste trocar dois copos tão diferentes, tu não existes!

Eu - Já sabes que de manhã eu não funciono!

Moralez - A tua colega vai pensar que és maluca.

Eu - Não vai pensar, ela já sabe que sou.

 

Pois já sabe e por isso não se partiu a rir com a troca como ainda não achou nada estranho, ela já sabe que eu de manhã chego literalmente ainda a dormir ao trabalho.

….

 

Entro no quarto para procurar a pedra da aliança e o Moralez:

- O que estás a fazer?

Eu - A procurar a pedra da aliança.

Moralez - Esta pedra? Pergunta-me enquanto abana um pedaço de fita-cola com a pedra lá dentro.

Eu - Encontras-te!

Dei um pulo de alegria, um sorriso rasgado e depois um abraço de agradecimento.

 

Ainda bem que nem tudo corre mal.

Terminei o dia com uma valente dor de costas porque estive imenso tempo a brincar no chão e a passear o meu sobrinho que fez ontem um aninho e ainda precisa de dar a mão para andar, apesar de não estar nos meus melhores dias, acabei por adormecer de coração cheio.

 

Hoje, acordei incrivelmente bem-disposta, talvez por o dente estar melhor, talvez pelo serão em família, não sei, mas tenciono aproveitar a boa disposição.

E a vida é assim com pequenos azares, com pequenos percalços, com momentos de sorte, mas no final do dia, o mais importante é estarmos com quem nos faz bem e sorrir, pois até um azar pode se transformar numa gargalhada.

O que interessa é pensar positivo e encarar a vida com um sorriso nos lábios, pode não resolver os problemas, mas sempre é melhor do que andar triste, afinal esta vida são dois dias, não vamos passa-los a chorar.

Devo ser vidente

Ao escrever o título do post anterior – Não há duas sem três – estive quase, quase para o mudar porque me parecia agoirento.

É que na minha, nossa, vida nunca acontece apenas um percalço eles chegam sempre em trio ou em quarteto.

 

Ontem ao final da tarde comecei a sentir-me indisposta, depois uma dor aguda no ouvido e só depois começou a dor na gengiva e o inchaço da cara, era o dente do siso.

 

Já em casa, o Moralez decidiu ligar o meu portátil que só é ligado ocasionalmente, o diabo da máquina começou a fazer um bip infernal.

Deu-nos uma coisa má aos dois, não pelo valor do portátil, mas pelo valor incalculável da informação que armazena, ai que não fazemos backup há muito tempo.

Gelei diante a possibilidade de perder as minhas fotos e também algum trabalho, mas acima de tudo pelas fotos.

Ele depois de algumas tentativas conseguiu que o bicho se calasse e funcionasse.

 

Juro que pensei – Deus queira que não aconteça mais nada, quando as coisas começam a correr mal é umas atrás das outras – mas calei-me, nada de atrair pensamentos maus.

 

Estava agora descansada, completamente compenetrada no meu trabalho e já meio a falar, meio a gritar digo – Não!

Os meus colegas julgaram que tinha apagado o site da empresa.

(Ao menos esse teria backup.)

 

Perdi uma pedra da minha aliança!

Tanto cuidado que tenho com ela, tiro-a sempre quando faço algum trabalho manual, não sei como fui perder uma pedra!

Deixei-a cair esta semana no quarto quando a tirava, espero que tenha sido nesse momento e que a pedra esteja lá, mas tenho receio que a tenha perdido quando ajudava a mãe com a louça, esqueci-me de a tirar.

Não é nada de especial, mas fiquei mesmo triste, para além da despesa obriga-me a deixa-la num ourives e não pode ser qualquer um.

Espero que fiquem por aqui os azares!

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