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Língua Afiada

Malas,Tutti Fruti, Marcelo e Coices

Somos um país de brandos costumes e de fruta da época, desculpabiliza-se a violência gratuita e racista porque alguém furou uma fila, ao mesmo tempo que se exige provas da alegada violência contra jovens à secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro.

Isto porque não é possível que em Portugal haja racismo e muito menos que exista violência e assédio a jovens e a haver, são elas que estão com pouca roupa e sorrisos na cara.

O espanto, a indignação, a novidade, até parece que não leem as notícias do CM e do JN, não me digam que acham que são inventadas.

 

É novidade também a raridade da corrupção das associações que chega agora às associações de defesa dos animais, o mau caráter não é exclusivo de quem defende pessoas, mas também de quem defende animais, nem sequer é exclusivo dos partidos mais conhecidos.

Por falar em partidos temos uma bela salada de frutas entre PS e PSD com sabor a Tutti Fruti, um esquema bem ao género do ditado “uma mão lava a outra e as duas lavam a cara”, traduzindo para miúdos um partido ganha ao outro e os dois juntos ganham a dobrar.

Passear malas carregadas de dinheiro parece ser uma forma prática de financiar amigos, assim ao jeito do amigo do Sócrates, um amigalhaço que gosta de distribuir riqueza, os protagonistas da “Mala Cia” também parecem gostar desta técnica usada desde sempre pelos mafiosos, eficaz e quase indetetável.

 

Em Santa Maria da Feira um estudo prova que as cabras sapadoras são uma excelente opção para limpar as florestas portuguesas, uma descoberta digna de prémio nobel, mas o que interessam as cabras quando há coices tão bem dados?

O nosso Presidente mostrou ao Trump como é que um português cumprimenta e ainda o fez crer que em Portugal gostamos de celebridades, mas seríamos incapazes de votar nelas, é melhor não testar esta teoria.

Cristiano Ronaldo era bem capaz de ser eleito e a ser talvez não fosse uma má escolha, com a sua ambição não descansaria enquanto não fosse o melhor Presidente de sempre, por isso é melhor não lhe dar ideias Sr. Presidente.

Eu, as casas dos outros e as casas à venda

Nunca entrei numa casa em que não mudasse alguma coisa, curiosamente quanto mais gosto e me identifico com o espaço maior a minha vontade de o mudar, não houve até hoje uma única casa que não despertasse em mim a vontade de a personalizar.

Não estamos a falar de detalhes, mas de grandes mudanças que quase sempre envolvem partir paredes, abrir janelas, mudar divisões, mudanças que podem em alguns casos não ser exequíveis por questões arquitetónicas e há situações que me partem o coração como ver uma casa de sonho num local que a deprecia em todos os aspetos, quer estéticos, quer monetários.

 

Dizia-me um amigo arquiteto que a casa tem de ser adaptada a quem a habita, que é preciso adequar a casa ao estilo de vida e hábitos dos donos, não poderia estar mais de acordo e talvez seja por isso que sinto sempre vontade de mudar a organização do espaço e as divisões para uma disposição que faça mais sentido para mim.

O meu ideal de casa mudou ao longo dos anos, não porque os meus gostos mudaram, apenas porque me tornei mais realista e uma casa prática, só de um andar, ampla e com muita arrumação faz muito mais sentido do que uma mansão ou uma quinta rústica, os sonhos não deixam de ser sonhos, mas há uma altura na vida em que a realidade fala mais alto e as prioridades mudam.

 

No fim de contas ainda estou indecisa se ter casa própria é ou não prioridade, com tanto mundo para ver e viver fará sentido fixar-nos num território? Por outro lado, a estabilidade de ter um sítio meu onde me sinta em casa, um porto de abrigo, parece-me boa ideia.

Nos últimos tempos tenho olhado com mais atenção não só para as casas que frequento, mas para diversas opções disponíveis no mercado imobiliário, devo dizer que os preços são obscenos, completamente desenquadrados com o nível de vida dos portugueses e a ideia de sacrificar tudo para ter uma casa para passar a vida a pagá-la desagrada-me completamente, mas dentro dos limites do que acho aceitável tenho visto algumas opções, mas são sempre tiros ao lado.

 

Basicamente dentro das moradias temos as seguintes opções:

Moradias geminadas ou em banda

Modernas, muitíssimo caras, socorrem-se do chave-na-mão, sem obras, sem alterações, tudo novo e pedem uma pequena exorbitância pelos imóveis.

 

Moradias usadas

Pavorosas, a maioria são pavorosas e a precisar de imensas obras para serem habitáveis, mas nem isso impede o mercado de as vender a preços proibitivos, porque a privacidade tem valor e qualquer imóvel independente parece ter um filão de ouro escondido algures.

 

Moradias novas

Aqui estamos a falar de preços loucos, completamente, em alguns casos os preços até se encontram sob consulta para não assustar possíveis compradores, já que muitas pessoas quando se identificam com a casa cometem verdadeiras loucuras e endividam-se até aos 90 anos.

 

Para além dos preços elevadíssimos, o que é que todas têm em comum? Todas necessitam de alterações, mesmo as novas, primeiro porque se cometem erros crassos na construção, claramente porque ainda não se valoriza o trabalho de um arquiteto e porque todos achamos que somos as melhores pessoas para planearmos a nossa casa, segundo porque a maioria é pavorosa, a decoração muda-se com facilidade mas a carpintaria e as louças de WC’s que metem medo são detalhes importantes que custam os olhos da cara para alterar.

 

Não me parece boa ideia pagar por uma moradia geminada ou em banda o mesmo valor que custaria construir uma casa individual, parece-me ainda menos viável pagar por uma casa que necessita de obras, em alguns casos a fundo, o mesmo que pagaria por uma moradia individual de luxo, o preço das moradias novas é mesmo para esquecer a menos que ganhe a lotaria.

Ficámos com a opção do apartamento ou de construção.

Os apartamentos começam a parecer-me a opção mais óbvia, embora claramente inflacionados, paga-se por um apartamento o que se deveria pagar por uma casa geminada, ainda aparecem algumas opções interessantes zero quilómetros, alguns até com a possibilidade de escolha de acabamentos, um bónus.

O problema? A falta de espaço ao ar livre, a falta de privacidade e o barulho dos vizinhos.

 

Porque não construir?

Porque não conheço uma única pessoa que passe por este processo sem doses fatais de stress e que mesmo assim não chegue ao final e não tenha vontade de recomeçar do zero, eliminando uma quantidade gigantesca de erros.

A maioria arrepende-se da decisão ainda na parte burocrática, todo o processo é moroso e dispendioso, taxas, taxinhas e papéis que dão vontade de mandar todo o projeto pela janela.

Após a burocracia vem a dor de cabeça de controlar o que não é possível controlar, corre sempre alguma coisa mal, há sempre imprevistos, há sempre derrapagens financeiras, é uma dor de cabeça diária.

 

Resumindo a menos que se tenha uma disponibilidade financeira enorme que permita comprar, construir, vender, remodelar e se não satisfeito mudar, não há solução ideal.

Eu que ando sempre à procura da solução ideal para tudo vejo-me perante um dilema, que não me tirando o sono, longe disso, me deixa a pensar mais uma vez, vale a pena pensar em casa própria?

Beleza – Descobri um bronzeador que bronzeia

No mundo da cosmética e dos cuidados de beleza e higiene o marketing é poderoso, os anúncios dos produtos mais parecem promessas eleitorais, vale tudo para nos convencerem a comprar as novidades, que às vezes nem sequer são nada de novo, é apenas um produto com uma embalagem ou aroma diferentes com o efeito de sempre.

Como sou da área podia ter consciência disto e não experimentar tantos produtos, podia se conseguisse encontrar produtos capazes de me fidelizar, difícil, muito difícil de os encontrar e por isso vou testando as novidades na ânsia de encontrar o sonho prometido, uma pele sedosa, macia e sem imperfeições, eu sei pura utopia.

 

Depois de descobrir que o meu óleo da Garnier tinha desaparecido tentei encontrar um produto substituto que não custasse os olhos da cara e que me obrigasse a abastecer através de compras online, porque para aproveitar os portes encomenda-se sempre mais umas coisinhas e a conta inflaciona.

Foi já em Agosto de 2017 que procurei alternativas e a minha escolha recaiu sobre a linha DermaSpa da Dove, comprei dois produtos um creme de corpo DermaSpa Creme de Corpo Goodness³ e o DermaSpa Loção de Corpo Summer Revived.

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O DermaSpa Creme de Corpo Goodness³ é um creme rico, com uma textura suave e delicada e com um aroma fantástico, tão bom que comprei um boião miniatura para andar sempre comigo, mas a verdade é que em termos de resultados não cumpre, porque apesar de ser bem absorvido pela pele e hidrata-la no imediato não aguenta a hidratação por 24h, ao contrário do aroma que persiste, uma pena porque se mantivesse teria uma fã para toda a vida.

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Já o DermaSpa Loção de Corpo Summer Revived, no meu caso para pele normal* a média, promete e cumpre, confesso que no Verão passado só o usei uma vez, estava morena e não me pareceu que fosse resultar e por isso ficou guardado no armário até esta semana.

Esta semana depois de ter usado um vestido e não ter gostado de ver as minhas pernas ao estilo branco, mais branco não há, bati os olhos no bronzeador e resolvi dar-lhe uma nova oportunidade, confesso que o usei a medo porque a minha experiência com bronzeadores não tem sido boa, acaba sempre com alguma coisa manchada ou a pele ou a roupa.

Espalha-se muito facilmente, a textura é fluída e suave e a pele absorve bem o produto, ao contrário de outros bronzeadores quando o colocamos a pele não muda de cor, fica hidratada e brilhante, o resultado aparece depois, e é um resultado maravilhoso, ao fim de dois dias de utilização estou realmente bronzeada com um tom uniforme, ao fim de quatro utilizações a pele tem um tom bonito, está macia e hidratada.

 

Não cola mais do que um creme hidratante, seca relativamente rápido e não mancha nem a pele, nem a roupa, e não esperei muito tempo para me vestir, só mesmo o tempo do creme absorver.

No banho nota-se que na água que usamos um bronzeador, mas só na primeira passagem e menos do que o esperava.

 

Não fiquei morena como se estivesse estado 24h no solário ou 2 semanas de férias nas Caraíbas, mas no fiquei douradinha o suficiente para que de domingo para quarta se notasse uma diferença significativa nas pernas, logo nessa parte tão difícil de bronzear, na verdade senti vontade de usar um vestido para jantar mesmo estando a chuviscar por causa do resultado.

A única coisa que mudar seria o aroma, este produto na minha opinião poderia “cheirar mais a verão”, o seu aroma não é desagradável mas não perdura ao contrário da hidratação.

Não sei se o resultado será o mesmo com todas as peles, mas na minha funciona, por isso aconselho a experimentarem, o preço recomendado é de 7,99€ para 200ml, mas facilmente o encontram a 5,00€ nas promoções dos hipermercados.

Neste momento estou a usar o para peles claras, mas depois de bronzeada irei comprar o indicado para peles mais escuras para perpetuar a cor.

 

Para um resultado perfeito sigam os conselhos de aplicação da marca:

“Com grandes movimentos circulares, aplique Dove DermaSpa Loção de Corpo Summer Revived para Pele normal a média na pele limpa e seca. Use as suas mãos ou uma luva de bronzeamento para massajar. Deixe que a loção corporal seja totalmente absorvida antes de se vestir e lembre-se de lavar as mãos.”

Dica extra, dois dias antes da primeira aplicação façam uma esfoliação para que a pele absorva melhor o produto.

 

Nota importante - WTF Dove Portugal?

* "pele normal a média"? Mas que o que é que significa pele normal? Branca? Clara? Não me acredito que a Dove a marca que apregoa a ”beleza real” tenha cometido uma gafe destas!

Não existe pele normal! A pele é toda normal! Assim como a beleza é toda real, sejam mulheres magras ou gordas.

Como é que uma marca usa este tipo de classificação:

“Pele normal a média” e “Pele média a escura?”

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