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Língua Afiada

Agradecimento e nota para os emigrantes

O apoio dos emigrantes portugueses à seleção foi maravilhoso, milhares de adeptos com presença constante em todos os pontos por onde a seleção passava.

Milhares de apoiantes nas bancadas, embora tenha sido necessário o patrocínio de claques de clubes portugueses para que se pudessem ouvir nas bancadas os gritos e o clamor pela equipa portuguesa, é certo que dado o mote os adeptos seguiram-no e fizeram-se ouvir bem alto.

Jogar em França foi quase como jogar em casa tal foi apoio que a seleção recebeu, foi um apoio espontâneo, se planeado poderia ter sido bem maior, mas não houve coordenação entre a comunidade e as autoridades portuguesas, Hermano Sanches, vereador da Câmara de Paris é quem o afirma.

Fomos sem dúvida a seleção que fora de casa teve mais adeptos, uma grande claque que fez vibrar as bancadas, o orgulho e apoio dos emigrantes deixou orgulhosos todos portugueses.

A verdade é que os emigrantes portugueses aproveitaram a oportunidade para mostrarem aos franceses que são muitos, estão unidos e que apesar da sua natureza pacata e recatada são importantes em França, até outros emigrantes se juntaram à festa, as bandeiras da Argélia e da Tunísia andavam de par em par com a bandeira portuguesa nos festejos, numa clara afirmação da comunidade emigrante.

É sem dúvida emocionante ver os portugueses a afirmarem a sua cultura, a glorificarem as suas raízes, a não terem vergonha de se assumirem como portugueses e sentirem orgulho nisso.

Obrigada por todo o apoio que deram à nossa seleção, sem vocês não seria a mesma coisa, a festa não seria tão grande, a vitória não teria a mesma magia e não seria tão poética.

Mas agora peço-vos mantenham esse orgulho e esse espírito, especialmente quando regressarem a Portugal para passar férias, tragam esse orgulho português na bagagem.

Não se ridicularizam a falar francês aportuguesado, como se ninguém vos percebesse, não sejam mal-educados com a própria família e amigos, falem português em Portugal.

Não cometam a parvoíce de estarem a falar francês uns com os outros para depois berraram aos quatros ventos um calão carregado de palavrões quando o Jean ou Pierre estiverem a fazer asneiras. É ridículo. Ensinem a língua portuguesa aos vossos filhos e não só a parte da língua que não interessa a ninguém.

Se têm tanto orgulho em ser portugueses demonstrem-no quando estão em Portugal e parem de ser hipócritas.

Quem tem orgulho de ser português tem orgulho sempre e não só quando dá jeito.

14 comentários

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    Psicogata 12.07.2016 18:04

    Tenho alergia à arrogância de alguns emigrantes.
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    Ana Rita 🌼 13.07.2016 09:08

    Também eu...e tenho muitos emigras na família...
    Andam na santa terrinha como se aquilo fosse tudo deles.
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    Psicogata 13.07.2016 09:29

    Na família só tenho um que ninguém suporta, bem ele não é família de sangue e não sei como a esposa o atura.
    Os restantes até são excepção e ainda bem, mas conheço tantos arrogantes. Tenho paciência zero.
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    Ana Rita 🌼 13.07.2016 10:12

    Eu tenho muitos...primos do norte que emigraram para França na maioria e quando estão cá parece que não lhes cabe um feijão no cú!
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    Psicogata 13.07.2016 10:29

    É essa arrogância que depois faz com que quem cá está não os suporte, a verdade é que há 20/25 anos atrás eles quando cá chegavam tinham coisas que nós não tínhamos, mas agora, poupem-me temos aqui o que eles têm lá, com mais ou menos dinheiro toda a gente tem acesso à mesma tecnologia, à mesma moda, e à informação e por isso ninguém engole a lengalenga deles.
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    Ana Rita 🌼 13.07.2016 10:38

    Sim aquela história de que estamos 20 anos atrasados relativamente ao resto dos "países desenvolvidos" é treta porque...com a Internet toda a gente pode ter tudo à distância de um clique.
    É como dizes...é uma questão de dinheiro!
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    Psicogata 13.07.2016 10:48

    Nós estamos realmente atrasados, só que não é nisso, é em coisas bem mais importantes, os bens materiais com a globalização estão acessíveis a todos, não há grandes diferenças.
    Quanto ao dinheiro eles ganham mais, mas têm despesas mais altas, se comparares as horas e o tipo de trabalho a diferença para Portugal não é assim tanta.
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    Ana Rita 🌼 13.07.2016 10:56

    E tendo em conta que aqui estamos "em casa" e estando fora és sempre visto como estrangeiro que vai ocupar postos de trabalho num país que não é o teu e vais fazê-lo por um preço mais baixo...logo, tornas-te mão de obra barata...é o mesmo que acontece aqui com os brasileiros/ucranianos/etc...
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    Psicogata 13.07.2016 11:07

    Sim, é verdade, em muitos casos os emigrantes são explorados, felizmente com a União Europeia isso melhorou, mas não acabou, é só pegar no exemplo do Brexit , o principal motivo para a saída são os emigrantes.
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    Ana Rita 🌼 13.07.2016 11:12

    Sim mas a Inglaterra é uma barbaridade de emigrantes...é que depois a malta vai para lá tem os filhos e vive literalmente dos subsidiários que o estado lhes dá! É uma vergonha!!

    Sim, a situação da exploração dos emigrantes tem vindo a melhorar mas... ainda está longe de acabar. O problema é que quanto mais baixa é a mão de obra estrangeira maior é a taxa de desemprego para as pessoas que vivem e lutam por salários dignos.

    É como a situação dos refugiados que vieram para a Europa e "chegaram" aos países que lhes estavam previstos já com casa, trabalho e pensão de sobrevivência.

    E nós?? Nada...
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    Psicogata 13.07.2016 11:21

    É uma situação complicada porque as culturas dentro da união europeia são muito distintas, se é impensável para um francês viver de subsídios já para um latino isso pode ser a melhor coisa do mundo.
    As leis estão feitas a pensar na cultura do país e não na dos emigrantes, e é bem verdade que baralham as contas, mas veja-se o caso da França, enriqueceu com as colónias , agora não faz mais que a obrigação de acolher os antigos colonos e lhes proporcionar condições.
    Já na Inglaterra a história é mais complicada, até porque os próprios ingleses são muitos deles uns parasitas que só pensam em beber cerveja (dito por um inglês) e o que por lá fazem aos emigrantes é impensável, veja-se o caso da retirada de crianças aos pais, é escandaloso.
    Quantos aos refugiados, é uma questão diferente, existe um fundo para isso, e ninguém deve ser abandonado por ser refugiado de guerra, é um dever que a Europa tem, não podemos ficar indiferentes a esta situação, até porque há muita política, negócios e esquemas que os países europeus participaram que levaram a isto. Nem tudo é preto no branco.
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    Ana Rita 🌼 13.07.2016 11:38

    É verdade gatinha os países que acolhem são subsidiados mas custa-me ver que temos tanto desemprego e eles chegam e com a vida facilitada. Não tenho nada contra eles, até porque hoje por eles amanhã por nós... mas o nosso país não está em condições de receber mais gente não tendo condições para os que cá estão!
    A Inglaterra é gritante a quantidade de emigrantes por m2... não sei se agora com o Brexit eles não vão começar a despachar muita da malta que lá está!
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    Psicogata 13.07.2016 12:40

    Dizer que chegam com a vida facilitada é um exagero, chegam sem nada, num país que não conhecem, que fala uma língua que não entendem, com um cultura que não compreendem, muitos chegam sem família outros com apenas metade da família e sem saber o que aconteceu à restante, com a dor de perder não só a vida que conheciam e a sua pátria, mas ainda com a dor de perder amigos, familiares, vítimas da guerra, de extorsão e sabe-se lá mais de quê, com memórias que nunca conseguirão apagar e conscientes que talvez nunca conseguirão regressar ao seu país.
    Isso não pode ser comparável a um português desempregado em Portugal, são realidades tão distintas, em Portugal há pessoas que não têm o mínimo e verdade, mas não se pode comparar a vitimas de guerra, eu nem consigo imaginar sequer ser privada de tudo até da minha pátria. Deve ser um sentimento de desespero incompreensivel.
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