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Língua Afiada

Caos

Não existe nada mais estranho para uma pessoa proactiva, criativa, enérgica e entusiasta do que sentir-se a desfalecer a toda a hora e momento num cansaço muito difícil de descansar.

Não é só cansaço físico, é cansaço mental, o pior de todos, porque se o corpo ainda comandamos, quando é o cérebro a parar não há nada a fazer.

Os planos são muitos, tantos que nem os consigo enumerar de cor, planeio, tento organizar-me e nunca, mas mesmo nunca consigo fazer aquilo a que me proponho.

Preciso de tempo, os fins-de-semana têm sido muito preenchidos, muito bons, mas muito cansativos e tenho abusado, tenho dito dificuldades em encontrar e conviver com os meus novos limites.

A culpa não é só minha, quando penso que vou descansar aparece sempre algo para fazer, tinha planeado para hoje jantar cedo, arrumar umas roupas e descansar, em vez disso terei de sair do trabalho a correr, passar no talho e depois ir entregar dois presentes a duas pessoas muito especiais, tão especiais que tem mesmo de ser hoje.

Resultado? Correria, jantar tardíssimo, roupas por arrumar e pouco descanso.

Numa altura em que deveria estar concentradíssima no maior projeto pessoal da minha vida juntamente com dois importantes projetos profissionais sinto-me a afundar num caos mental, numa desordem tal que não consigo encontrar um rumo para começar a tratar de todos os assuntos e executar tarefas.

Confesso que não estava mentalmente preparada para esta letargia, não condiz comigo, o facto de o meu cérebro processar a informação a uma velocidade muito mais lenta também não ajuda, esquecer-me de tudo, até de aniversários deixa-me ainda mais desorientada.

É normal, dizem-me, pois claro que é normal, mas ser normal não quer dizer que seja bom, não é, é incapacitante, enervante, irritante, é simplesmente caótico.

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