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Língua Afiada

Coisas que acontecem lá em casa #8 – Uma desgraça nunca vem só

Já diz o ditado que quando nos acontece alguma peripécia desagradável o mais certo é que venha acompanhada por mais umas quantas, sabedoria popular ou não, a verdade é lá em casa costuma ser sempre assim a seguir a uma desgraça aparecem logo mais duas, três ou muitas.

Uma das particularidades é que estas desgraças começam a aparecer devagar e depois escalam.

 

O primeiro stress foi quando regressamos de férias, apercebemo-nos que uma fuga na casa de banho que deveria estar resolvida resolveu dar o ar da sua graça. Foi quando detetamos o desaparecimento de dois alicates, varreu-se a casa toda numa busca inglória, parece que a ferramenta se evaporou.

 

Logo de seguida avariou-se o grelhador, o Moralez conseguiu arranja-lo mas só o stress que casou e o atraso, tive de reinventar o jantar e não correu muito bem, para ajudar aconteceu num dia em que tínhamos uma festa de aniversário após o jantar.

 

A seguir foi a vez da máquina de lavar louça, que felizmente conseguimos resolver sem intervenção de um técnico, bastou ajustar os aspersos e a louça passou a sair limpa, não sem antes ter o stress de abrir a máquina e perceber que iria ter de lavar toda a louça à mão porque estava efetivamente suja, novamente num dia em que tinha planos para depois do jantar.

Entretanto, há duas noites o telemóvel do Moralez achou que estava numa festa e desata a ligar e a desligar qual luz de Natal, estava a dar as últimas, umas horas depois morreu para a vida, truque para aqui, truque para ali, nada feito não há telemóvel para ninguém.

 

Ontem o dia tinha corrido normalmente até chegar a casa e limpar o muro da entrada com o carro, como se não bastasse roçar à primeira, ao tentar corrigir a direção do carro acabei por estragar ainda mais, fiz um estrago enorme por causa de uma aselhice, é só um carro, mas fiquei tão furiosa comigo que estava com vontade de partir tudo, nem sei como não me virei aos pontapés ao carro.

Lá passou a neura dentro do possível, jantamos, já confortáveis no sofá preparados para relaxar vou à cozinha buscar água, por sorte decidi acender a luz coisa que não costumo fazer, ao virar-me para me dirigir à sala vejo água no chão, não eram umas pingas era já uma quantidade razoável de água.

Pânico. Uma fuga de água com a agravante de ser na cozinha é coisa para me deixar a panicar.

Um dos tubos do pio tinha-se desencaixado e estava a verter água, até agora não entendo como o tubo desencaixou, mas estava desencaixado e tínhamos o móvel alagado, lá tivemos de retirar toda a tralha dos armários, enxaguar a água e reparar a fuga.

A sorte é que o marido repara quase tudo sem necessidade de chamar alguém.

30 minutos depois da azáfama lá nos conseguimos sentar para tentar relaxar.

 

É claro que não relaxamos nada, dormi mal, acordei com umas olheiras até ao umbigo e sempre com aquele sentimento que quando as coisas começam a correr mal correm mesmo mal.

Espero que ontem tenha sido o final de um mês de azares.

São estas pequenas coisas da vida que nos retiram vitalidade, quando acontecem espaçadas menosprezamos, mas quando vêm assim aos molhos moem-nos a paciência, causam-nos stress e tiram-nos anos de vida, estava a ver que me dava uma coisa má e logo a mim que sou sempre tão serena a encarar azares.

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