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Língua Afiada

Crítica literária # 1 – A Luz de Stephen King do Clube Secreto

Quando a MJ lançou o desafio do livro secreto, eu que estou sempre a prometer a mim mesma ler mais, inscrevi-me logo.

Pensei: Aqui está uma excelente oportunidade para me obrigar a ler um livro por mês!

Eu deveria estar louca, porque desorganizada e distraída como sou, com a dificuldade que tenho em ir aos CTT e a minha relutância em ler livros que não escolhi o mais certo seria que não conseguisse cumprir as datas.

Não estava enganada, para minha vergonha acho que fui a última pessoa a enviar os primeiros dois livros. Desde já as minhas desculpas às meninas que esperaram para os receber.

Prometo que farei os possíveis para enviar o terceiro a tempo e horas.

 

a luz.jpg

 

O primeiro livro que recebi foi A Luz do autor norte-americano Stephen King, confesso que nunca tinha lido nada deste autor, mas o nome não me era nada estranho e mal o escrevi no Google pensei mas como é que eu nunca li nada de Stephen King?

Mas vi dois grandes filmes The Shawshank Redemption e The Green Mile, ambos baseados nos livros do autor. Para terem uma ideia The Shawshank Redemption é o filme com melhor cotação do IMBD a par com The Godfather.

Stephen King já vendeu mais de 350 milhões de cópias, conta com publicações em mais de 40 países e é o nono autor mais traduzido no mundo segundo a Wikipédia.

 

Título original: The Shining

Sinopse:

Jack Torrance vê-se forçado a aceitar um trabalho como zelador de Inverno do Overlook, um enorme hotel nas montanhas do Colorado, um lugar que queda absolutamente isolado pela neve entre Novembro e Março. Embora a vida nessas condições de isolamento não pareça fácil, para Jack é uma oportunidade perfeita para reconquistar a sua mulher Wendy e o seu filho Danny, e para retomar o seu trabalho de escritor. Mas a família não está exactamente sozinha no Overlook. Os terríveis acontecimentos que sucederam no hotel no passado vão-se assenhorando lentamente do presente dos seus novos ocupantes até os levar a uma situação aterradora, da qual talvez nenhum deles possa escapar...

 

É um livro de terror com descrições muito gráficas e detalhadas de horror, por isso contem ficar com o coração aos pulos, mãos transpiradas e respiração ofegante. Os mais sensíveis podem mesmo ter tendência a olhar para trás e a auscultar o silêncio na procura por sons estranhos.

Existem momentos em que se deseja que as letras se ultrapassem umas às outras para percebermos o destino das personagens, temos vontade de virar a página e chegar ao cerne da questão, enquanto ao mesmo tempo nos deixamos prender pela agonia e pensamentos antagónicos das personagens.

A dimensão humana e a complexidade da mente são muito bem exploradas no livro e os episódios mais dramáticos deixam-nos surpreendidos pela sua brutalidade e violência.

Também este livro foi adaptado ao cinema num filme com o mesmo nome, conta com Jack Nicholson no papel de Jack Torrance e é um clássico de terror que ainda não vi, mas fica desde já em lista de espera.

Gosto muito da forma como o autor escreve, o livro tem uma leitura fácil, apesar de descritiva, e é impossível não criar empatia com Danny Torrance, uma criança amorosa, à medida que a trama se desenrola cresce a nossa preocupação com a personagem.

Existem apenas dois detalhes que poderiam ser melhorados, um deles, muito importante, é a revisão e edição, encontrei várias gralhas ao longo do livro.

Outro é a inclusão de alguns detalhes sobre os visitantes do hotel em momentos estranhos, em alguns contextos parecem forçados e demasiado descritivos e acabam por quebrar o suspense em vez de o aumentarem.

Nota positiva de 7,5.

Numa escala de 0 a 10 no final farei o ranking dos que mais gostei. Este não será com certeza o melhor do clube, rivalizar com Eça de Queirós ou Carlos Ruiz Zafón não é fácil.

Boas leituras.

 

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