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Língua Afiada

Letargia

No meio de uma estrondosa confusão de pensamentos, consigo esquematizar o suficiente para responder aos emails, o caos é interrompido ocasionalmente pelo barulho do telefone, a custo consigo articular as palavras e falar.

Um torpor assola-se o cérebro, não é preguiça, não é sonolência, é cansaço, o cansaço de dois dias intensos e preenchidos de sorrisos, gargalhadas, conversas que foram quebrados de forma abrupta, sem intervalo.

O meu corpo não gosta de mudanças bruscas, sinto-me presa à rotina do fim-de-semana, não quero horários, não quero tarefas, não quero pensar em coisas sérias, quero neste preciso momento deitar-me a uma sombra e cerrar os olhos para uma doce sesta.

Acordar revigorada e dar um longo passeio pelas margens do rio, estender uma toalha e fazer um piquenique, ler um livro, conversar, sem pressas, sem hora marcada, desfrutar de uma tarde solarenga e quente.

O Verão não foi feito para se trabalhar, foi-nos dado para apreciar e saborear, para sentir que a vida pode ficar suspensa enquanto fitamos o céu azul, ouvimos o som das ondas, sentimos a brisa amena do mar, saboreamos um gosto salgado na boca e sentimos o corpo a aquecer pelo sol, a armazenar energia, a energia que nos aquecerá o coração nas noites frias de Inverno.

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