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Língua Afiada

Não, não é oficial que Guterres é o novo secretário-geral das Nações Unidas

Ontem estava a ver as notícias e mesmo estando desatenta não conseguia perceber o título em rodapé que dizia – António Guterres é o novo secretário-geral das Nações Unidas, sabia que só hoje decorria a votação oficial por isso achava o título pretensioso.

Hoje votação formal e António Guterres foi indicado por aclamação sucessor de Ban Ki-moon como secretário-geral das Nações Unidas.

Os títulos da imprensa não se fizeram esperar e em todo lado se lê a palavra oficial.

Sei que é altamente improvável, reitero, altamente improvável que António Guterres não seja o próximo secretário-geral da ONU, mas existe essa possibilidade, ainda que remota, é que para o “processo estar concluído, falta apenas a votação decisiva da Assembleia-Geral da ONU, que, por norma, ratifica o nome recomendado pelo Conselho de Segurança daquele órgão.” Pode ler-se no Notícias ao Minuto.

Falta apenas uma votação, só que é uma votação decisiva.

“Porém, a decisão final não será tomada amanhã. Essa caberá aos 193 países da Assembleia-Geral da ONU, que terão nas mãos a ratificação do nome de Guterres para o cargo de Secretário-Geral. Historicamente, esta é outra formalidade, uma vez que, até hoje, todos os candidatos recomendados pelos 15 países do Conselho de Segurança foram aprovados pela Assembleia-Geral da ONU.” Observador.

Mais vez refiro é altamente improvável, mas António Guterres é português e os portugueses costumam morrer na praia, eu sei que este ano Portugal até foi Campeão Europeu, mas foi contra todas as expetativas e não sendo favorito.

E festejar antes do tempo sempre deu azar, já não se lembram dos franceses?

E não se lembram de Passos Coelho que tendo ganho, não ganhou nada?

Não quero agoirar, mas um bocadinho de prudência não faria mal, além disso é mau jornalismo dizer que é oficial quando não é.

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