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Língua Afiada

Não sou mãe, não posso ter opinião

Parece que como não tenho filhos não tenho direito a ter opinião sobre crianças e muito menos sobre a sua educação, aliás é quase sacrilégio opinar sobre isto.

Os pais sabem mais do que os especialistas na matéria, sabem mesmo mais do que psicólogos e sociólogos que passam anos e anos a estudar o comportamento humano.

Quem não é pai não tem direito a ter uma opinião sobre como se deve educar porque não tem experiência e não se fala mais nisso.

As clássicas frases feitas de quem não tem mais argumentos.

Basicamente é este o argumento que dão, estranhamente nenhuma dessas pessoas comentou os comentários de pais que deram o testemunho que educaram e educam os seus filhos sem palmadas.

Se este argumento é válido sugiro a estas pessoas que dão tanto valor à experiência que:

Procurem apenas médicos que já tenham tido as vossas doenças, porque o que saberá um médico sobre a vossa doença se nunca a teve?

Deixem de ir a pediatras que não tenham filhos, porque é óbvio que não entendem nada de crianças.

Procurem professores e educadores também eles com filhos, pois como vão ensinar e educar crianças se não têm filhos?

Aliás criem creches, infantários e escolas cujos professores e, especialmente, educadores tenham como pré-requisito obrigatório ser pai, mas de pelo menos de seis, porque lidar com um é muito diferente do que lidar com uma turma inteira.

Apliquem isto a tudo na vossa vida e serão muito felizes a conviver e a falar apenas com pessoas que tenham exatamente as mesmas experiências que vocês.

 

Sacudam o pó à vontade às fraldas, deem palmadas, puxões de orelhas, o que bem entenderem aos vossos filhos, mas tenham esperança de morrerem sem antes ficarem senis, pois não vão os vossos filhos acharem que quando vocês estiverem qual bebés só poderão entender que cuspir as papas é feio se vos derem uma palmada.

8 comentários

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    Psicogata 12.05.2016 11:28

    Pelos vistos não sei nada!

    Esqueci-me de dizer que contribui para educar um irmão e dois primos, será que isso conta?
    Passei mais tempo com eles do que a maioria dos pais passam hoje com os seus filhos
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    Nay 12.05.2016 11:54

    Bem que agora pasmei!!!
    Fui lá cuscar os comentários... estou de boca aberta e digo-te já que não é pela a má educação, habitual, é mesmo por isto "...é a pessoa mais importante e que mais amo a seguir ao meu marido"
    What?!?!?
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    Psicogata 12.05.2016 12:10

    Não foi a coisa que mais me chocou... não é a primeira mulher que ouço dizer isso.
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    Nay 12.05.2016 12:15

    Sério?!?!
    Para mim isso é uma afirmação muito grave, opiniões!
    A partir dessa afirmação é possível extrapolar tudo o resto!
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    Psicogata 12.05.2016 12:21

    Sim, já ouvi algumas mães dizerem isso, eu acho complicado priorizar as pessoas que amamos, eu não consigo fazê-lo em relação aos meus pais ou irmãos, gosto de todos da mesma forma e todos têm o mesmo nível de importância para mim.
    Eu acredito que o normal seria gostar dos dois da mesma forma, embora as mães tenham um sentido protector com os filhos inato.
    Mas entendo quem diz que os filhos não são a coisa mais importante da sua vida, aliás ter os filhos como a coisa mais importante causa problemas mais tarde, muitos casais separam-se quando os filhos saem de casa porque já não sabem ser casais.
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    Nay 12.05.2016 12:34

    Maneiras de pensar diferentes, assim que a minha nasceu tomei consciência de que nada ou ninguém seria mais importante do que aquele ser. Afinal estava ali à minha responsabilidade.
    Sei que o meu homem é da mesma opinião, a filha primeiro e depois eu, nem queria que fosse de outra maneira.
    Quanto ao que falas de problemas nas relações por não saberem ser casais depois do nascimento e ou saída de casa dos filhos, na minha opinião é porque já faltava alguma coisa.
    Nós temos ela em primeiro lugar e nem por isso deixamos de procurar e usufruir de tempo para nós... há que saber gerir tudo com muito dialogo.
    Mas continuo a afirmar, amor incondicional (no sentido literal da palavra) só o de mãe
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    Psicogata 12.05.2016 12:42

    Acho que são maneiras de sentir diferentes, não amamos todos da mesma forma.
    Mas concordo contigo numa coisa, os filhos dependem de nós e por isso têm de ser uma prioridade, tudo qb porque há tempo para tudo.
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