O silêncio que não se cala
O silêncio desesperado para falar
Não há voz, som que o faça calar
Há dormência e há esquecimento
Há dor, solidão e arrependimento
Vida madrasta, vida maldita
Fustiga, fere, lacera e castiga
Os dias correm em subterfúgios
Mas não há para eles refúgios
Lamento, lamúria, desencanto
Acordes desalinhados pelo ar
Com voz fina e trémula os canto
Saudade, saudade do conto
Das fadas prometidas o cantar
Procuro-as, mas não as encontro