Paciência, haja paciência
Estamos no Natal pessoas, época de amor e de paz, não, não é só para inglês ver, é mesmo para levar a sério, é tempo de ser condescendente, relevar, deixar passar, não levar as coisas demasiado a sério.
Não buzinem com o senhor que não dá pisca, ele estava a cantar e a dançar o Last Christmas e esqueceu-se, acontece aos melhores.
Não se chateiem com o colega porque se esqueceu de responder um email, afinal tem o e-mail entupido de postais de Boas Festas.
Não se aborreçam porque não conseguem um orçamento, há muitas pessoas de férias e mesmo as que não estão é como se estivessem, afinal já estamos todos a pensar no fim-de-semana prolongado.
Não contem calorias, afinal é só uma vez no ano que passamos um mês inteiro ou mais porque já há quem comece em Novembro e quem prolongue para Janeiro a enfardar comida em almoços e jantares de Natal, afinal não há limite de festejos.
Não pensem pelos outros, isto de pensar por nós próprios já é difícil, por isso não se metam em aventuras de adivinhar o que os outros estão a pensar, não vale a pena, a sério que não, em 99% das vezes estão a inventar coisas, a ler o que não está a escrito e a ver o que não existe. Na dúvida perguntem.
Não achem que o vosso problema é o maior de todos, os problemas são como as montanhas, por detrás de uma há sempre uma maior, a vossa urgência é sempre relativa quando comparada com outras.
Por amor de Deus, do Menino Jesus, do Pai Natal, do Rodolfo e companhia, do Coelhinho da Páscoa e do rato Mickey não amolem a paciência às pessoas, é que paciência é uma coisa rara e não deve ser gasta com futilidades e insignificâncias.
Se querem que haja paciência, tenham paciência e talvez assim haja mais paciência.
Não é preciso fazer um desenho ou esquema pois não?
Simples, tão simples.