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Língua Afiada

Pessoas alienadas

Há muitas pessoas desocupadas, ou como se diz comumente “sem vida própria” e por isso focam-se nas coisas mais estranhas, gastando tempo e recursos úteis em batalhas sem sentido.

Infelizmente hoje todos temos razão, mas ninguém ouve a voz da razão, as nossas certezas não são mais que uma vontade, que um querer que se confunde com a verdade e o com os factos.

Desejarmos muito que algo aconteça, sentir que somos os donos da razão não faz com que estejamos certos.

 

Algumas pessoas por vezes estão tão alienadas da realidade, têm uma visão tão enviesada dos factos que vencem as outras pelo cansaço, somos capazes de aceder um capricho só para que desistam e deixem de nos importunar.

É assim que muitas pessoas conseguem as coisas mais ridículas das empresas, pela pressão, pelo cansaço, pela insistência e porque muitas vezes o dano causado à imagem não justifica a firmeza na resposta.

Neste jogo onde o cliente acha que tem sempre razão, a razão é-lhe dada pela diplomacia da empresa que perante uma perseguição feroz acaba por tirar o sapato e sacudir a pedra para bem longe. Mas há ainda uma espécie diferente, aquele com quem não se pode ser diplomata, pois é dar-lhe um poder e uma arma de arremesso para toda a vida, é assim que empresas ficam reféns de consumidores tresloucados que fazem exigências absurdas mas a quem se veem obrigados a fazer todas as vontades.

 

Estes espécimenes parecem multiplicar-se a olhos vistos, com uma teimosia e uma tenacidade capazes de fazer inveja ao mais ilustre empreender, movendo mundos e fundos para levar a sua vontade avante, vangloriam-se dos seus feitos inspirando outros desocupados de assuntos mais importantes em similares empreitadas.

A ameaça ao dano da imagem com uma incessante difamação é a arma mais recorrentemente usada, sendo as redes sociais o expoente máximo da ameaça, é gratuito escrever mal de alguém no Facebook chegando a centenas ou milhares de pessoas rapidamente, pessoas que não precisam de factos e de provas para condenar, afinal não é o consumidor que tem sempre razão?

 

Felizmente que as marcas têm fãs que muitas vezes dão a reposta que a marca não pode dar, mas fica sempre uma nódoa, uma mancha na reputação pois há sempre quem apoie o tresloucado, provavelmente outro tresloucado ou alienado.

É pertinente que empresas, marcas, personalidades, entidades, organizações tenham uma postura menos defensiva e mais atacante, quando começarmos a ver condenações e multas por difamação e injúria talvez as pessoas pensem duas vezes antes de difamar uma empresa ou pessoa.

Cansada de pessoas alineadas a quem é preciso explicar que 2+2 são 4 e não 5 como eles querem que seja, só porque não estão satisfeitos ou porque têm um problema a culpa não é obrigatoriamente da marca ou da empresa, na maioria das vezes é mesmo um problema vosso, que vocês mesmos criaram.

 

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