Plágio ou Coincidência – Diogo Piçarra
No ano passado tivemos o Salvador Sobral a passar de besta a bestial, este ano temos o Diogo a passar de bestial a besta e o Festival ainda vai no adro, nem sequer chegou à Igreja, ou será que chegou?
Segundo algumas pessoas a Igreja é que chegou ao Festival pelo plágio de uma música da IURD, com tantas religiões para copiar, o Diogo foi escolher a IURD essa instituição prestigiada e sem máculas na sua reputação.
A explicação do Diogo pode parecer estranha, pois não explica nada, mas para mim faz algum sentido, faz porque assim que ouvi a música fui remetida para os tempos em que cantava no coro paroquial, o estilo, o sentimento, a forma como se pronunciam as palavras e o purismo da música lembram precisamente os cânticos do culto católico.
E não recorda uma, mas várias músicas, para além desta recordação há outra que me surge a ouvir a música, no entanto, não consegui identificar o autor, mas recorda-me uma música portuguesa da infância, quando deixar de pensar no assunto talvez o tema se avive na minha memória.
A música situada entre o espiritual e a canção de embalar, sofrida e emocional é o regresso a um estilo antigo, é por isso normal que nos desperte recordações e sentimentos antigos.
Não sou fã do Diogo Piçarra, não lhe reconheço uma voz espetacular, mas como músico e compositor reconheço-lhe o talento, mesmo não tendo um estilo que me diga muito, conseguiu um lugar ao sol num mundo altamente competitivo, onde há mais talentos que lugares.
A música toucou-me, talvez pelas recordações, talvez pelos instrumentos, sou particularmente sensível a violinos e violoncelos, a letra é bela e atual, parece escrita para os dilemas que se atravessam no mundo, em especial os criados por Donald Trump, não creio que o autor tenha necessidade de plagiar e que se arriscasse a fazê-lo numa competição da Eurovisão, familiarizado com às redes sociais porque correria ele esse risco? Faz algum sentido plagiar uma música que está disponível no Youtube? Não me parece.
A verdade é que há várias músicas parecidas, na melodia e na forma de interpretação, para classificar-se ou não de plágio terá de ser alguém com conhecimento para o fazer, ao primeiro som parece ser uma cópia, a IURD também plagiou a música “Open Our Eyes” de Bob Cull, tenho dúvidas que Diogo Piçarra arriscasse o plágio, mas que são parecidas as músicas são, aquele toque dos olhos vendados e a música original chamar-se “Open your eyes” é a pior coincidência de todas.
Aguardo as opiniões dos especialistas, mas a ouvido nu, são demasiadas, demasiadas semelhanças, mesmo que a lógica me leve a dizer que é apenas coincidência.
A do Diogo
A da IURD
A de Bob Cull