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Língua Afiada

Saúde não são números.

Esperar por um “aparelho” ou “peça” para ser operado…

Nos dias de hoje é algo que não nos passa pela cabeça que possa acontecer, mas acontece.

 

E continuará a acontecer enquanto a saúde for gerida por gestores, administradores hospitalares, políticos e afins, enquanto não forem os profissionais de saúde a ditarem o que é realmente importante.

Muitas pessoas acusam os médicos de serem frios, na verdade estes necessitam de uma armadura pesada e grossa para não sucumbirem a tanta desgraça que veem todos os dias, se acham que os médicos são frios o que pensam das pessoas que nos consideram números e que só veem faturas, despesas e contas, que cortam, racionam e definem o que é importante, prioridades que nos afetam mais do que se pensa.

O SNS português é o melhor do mundo, mas só funciona se não se fizerem cortes cegos, se não sobrecarregarem médicos, enfermeiros e auxiliares e se colocarem a vida e o bem-estar dos utentes acima das despesas.

Quando os custos importam mais que vidas, algo está muito mal no mundo.

4 comentários

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    Psicogata 16.08.2017 09:16

    Eu defendo o nosso SNS e tenho consciência dos custos da saúde, por isso sei que muitas vezes é mal gerido, como quase tudo em Portugal, um exemplo é a falta de aposta na prevenção e no diagnóstico rápido, adiam e adiam o mais que precisam exames caros e depois fica muito mais dispendiosos os tratamentos.
    Não critico quem recorre ao privado e depois quando necessita recorre ao público, estão no seu direito, aliás ao recorrerem mais vezes ao privado libertam espaço no público.
    Agora que temos pessoas que podem e deviam pagar e não pagam isso é verdade e é uma ofensa para todos os que pagam, mas isso acontece na saúde e na educação, há uma faixa da população que vive à margem das suas responsabilidades.
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    Robinson Kanes 16.08.2017 09:29

    A aposta na prevenção e no diagnóstico rápido varia muito de profissional e de serviço... Não podemos generalizar.

    Eu critico... São pessoas que podem ir ao privado, usufruem de recursos públicos quando lhes dá jeito, sobretudo quando o privado fica mais caro! Além de que muitas vezes, e dou como exemplo um cirurgia, todo o acompanhamento é feito no privado e só a intervenção é feita no público e muitas vezes pelo mesmo profissional! Lamento, mas aqui tenho de discordar, não é um critério de justiça mas de conveniência económica. Uma outra questão passa pelo privado (ou até o público) não ter "meios" para prosseguir um tratamento.

    Uma faixa bem grande, maior do que se pensa. Houvesse mais fiscalização e seriam muitos milhões que se poupavam...
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    Psicogata 16.08.2017 09:43

    Quando se passa para uma especialidade as coisas costumam ser rápidas o problema é o longo caminho que às vezes nos leva até lá, em alguns casos podemos estar a falar de 1 ano ou mais.
    E por vezes a falta de um exame leva a que o médico de família não detete o problema e passe o P1 para a especialidade.

    Isso é outra história, isso é ir ao privado para meter uma cunha no público, isso é vergonhoso porque passam à frente da lista de espera e de pessoas que não têm dinheiro para ir ao privado.
    Não me estava a referir a isso, mas sim a casos em que se recorre ao privado para uma consulta, dou-te o meu exemplo, vou ao privado para consultas de dermatologia, ir ao público está fora de questão não tenho acesso à especialidade, mas se me sentir doente recorro ao público, seja ao Centro de Saúde seja ao hospital.

    Isso sim seria importante fiscalizar rendimentos, não é assim tão difícil, basta cruzarem os dados.
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