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Língua Afiada

Se eu fosse refugiada queria vir para Portugal?

Claro que não!

 

Já se estava mesmo a ver que os portugueses que são contra a vinda dos refugiados são os mais indignados com a sua recusa.

Os comentários no Facebook do jornal Público davam para alimentar um blog de sociologia durante um ano.

Se eu fosse uma refugiada que tivesse opção de escolher o país que me iria acolher eu escolheria Portugal?

Não, claro que não, especialmente se a minha intenção não fosse viver de subsídios mas estabelecer-me com a minha família.

Os subsídios e as ajudas são iguais em todo lado, sabem porque é que eles não querem vir para Portugal?

50% dos refugiados nunca ouviu falar deste pequeno jardim à beira mar plantado;

Os 50% que ouviram falar não querem vir para um país que não tem nada para lhes oferecer.

- Eles fogem da intolerância certamente não querem residir num país onde a intolerância é constante, seja em relação aos refugiados, seja em relação ao novo corte de cabelo da Cristina Ferreira.

- Eles procuram um país para ficarem a viver que lhes permita ter acesso a um emprego, como terão emprego em Portugal se o desemprego neste país gerou uma imigração massiva nos últimos anos? Fossemos nós tantos como eles causaríamos um fluxo migratório quase tão problemático como o deles.

Além disso quem quer viver num país em que se nomeia um primeiro-ministro que não ganhou as eleições?

Um país onde as notícias sobre o novo Governo destacam a primeira vez em temos uma negra, uma cega e um elemento de etnia cigana quando nunca as políticas orçamentais e a estabilidade política foram tão importantes.

Eu não os censuro eu cada vez gosto menos de viver neste jardim plantado à beira-mar pejado de incultos, xenófobos, racistas, machistas e preconceituosos em geral.

 

 

10 comentários

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    Psicogata 02.12.2015 14:06

    Ganhou? Segundo os resulatdos divulgados o partido dele ficou em segundo lugar.
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    Mena 02.12.2015 14:49

    Certo. E isso deu-lhe um determinado número de deputados no Parlamento. As eleições foram para isso, somente para eleger deputados. São eles que depois "fazem nascer" um Governo. Nós não votamos em primeiros ministros. Podemos concordar ou não, mas é assim o nosso sistema eleitoral.
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    Psicogata 02.12.2015 15:00

    Deputados esses que não são a maioria.
    Nós não votamos para eleger um governo é verdade, votamos para eleger deputados, mas votamos para eleger um primeiro-ministro, sabemos quem será o primeiro-ministro de cada partido, dá-mos o voto de confiança a essa pessoa para selecionar um governo.
    Eu sei que este governo é constitucional, mas na minha opinião não é ético quando o partido que está no poder apenas o está por ter apoio de dois partidos que, embora sejam também de esquerda, têm princípios e ideais tão distintos.
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    Mena 02.12.2015 15:33

    Não votamos para eleger o primeiro ministro.
    Por exemplo, eu voto em Coimbra, estou a votar somente para eleger o deputado pelo círculo de Coimbra, nada mais. Ou seja, se eu tivesse votado PS, não estaria a ajudar na eleição de António Costa, mas sim de Elza Pais, Helena Freitas, João Galamba e Pedro Coimbra, que foram os deputados eleitos pelo círculo de Coimbra.
    A ideia de que estamos a escolher o primeiro-ministro é só isso mesmo, uma ideia e está errada.
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    Psicogata 02.12.2015 15:45

    "A Assembleia da República é o parlamento nacional, e é composta por todos os deputados eleitos. Representa todos os cidadãos.
    Os deputados são eleitos pelos portugueses para os representarem ao nível nacional. Assim, embora sejam eleitos através de círculos eleitorais representam todo o país e não o seu círculo.
    Cada partido elege deputados proporcionalmente ao número de votos que recebe em cada círculo eleitoral.
    Nas eleições legislativas, os portugueses votam no partido que consideram que deve ser chamado para o governo ou no que pensam que melhor os representa."
    Retirado de http://www.portugal.gov.pt
    Votamos para todo o país, errado é dizer que votamos apenas para o nosso círculo eleitoral, votamos para que o partido com mais votos, que representa a vontade do povo, seja convidado a formar governo a convite do Presidente da República, em Portugal os líderes dos partidos assumem-se como candidatos a Primeiros-Ministros por isso ao votarmos no seu partido estamos a escolher sim o Primeiro-Ministro.
    Os partidos deveriam também apresentar os candidatos a ministros, pois esses sim são escolhidos sem qualquer opinião dos eleitores.
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    Mena 02.12.2015 16:08

    São eleições legislativas, elegem deputados, não são "governativas". O partido com mais votos, que representa a vontade do povo, foi convidado pelo Presidente a formar governo, mas o seu programa chumbou. Tem que ser chamado o segundo. O seu programa do PS também poderia ser chumbado, não o será porque tem o apoio do resto da esquerda. Apoiar não significa que tenha de se ter princípios e ideais iguais, significa chegar a acordo. É um Governo legal, legítimo, constitucional... não há nada de errado a não ser o facto de muita gente não gostar dele. (há mesmo pessoas do PS que não gostam).
    Eu só o vou avaliar pelas medidas que tomar, porque a forma como foi constituído, sendo legal, é coisa que não me importa.

    Posto isto, e como não é este o tema central do teu post, não vale a pena continuar por aqui. Quanto à questão dos refugiados, estou plenamente de acordo contigo.
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    Psicogata 02.12.2015 16:23

    Só para terminar, eu referi que o Governo é constitucional apenas disse que eu (opinião pessoal) não o considero ético e haveria muito a dissertar nesta temática. As eleições são legislativas mas do seu resultado é nomeado um governo que é quem efetivamente governa Portugal.
    A parte dos refugiados não escolherem Portugal por causa do Primeiro-Ministro era mesmo em jeito de piada.
    Quanto ao resto existem realmente países onde eles poderão levar uma vida melhor e por isso não os condeno por não quererem vir para Portugal.
    Nisso estamos de acordo.
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    Mena 02.12.2015 16:34

    Eu sei que era piada, até porque eles sabem lá quem é o António Costa ou quem quer que seja.
    Já agora, também acho que a história de não querem vir para Portugal não está muito bem contada. A notícia não é rigorosa (como a maioria das que circulam sobre refugiados), mas não acompanhei muito bem o tema. Parece que tem a ver com burocracias nos países onde estão e não tanto o gostarem ou não de Portugal. Alguns não querem porque já têm família e conhecidos noutros países, ou seja, para além das razões práticas (emprego, por exemplo) é perfeitamente natural e humano que procurem ir para onde já têm os deles.
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    Psicogata 02.12.2015 16:49

    Claro que sim, se têm família e referências é natural que procurem ir para junto dos seus.
    Mas como sempre tudo serve para contestação em Portugal menos o que é importante
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