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Língua Afiada

Se eu fosse refugiada queria vir para Portugal?

Claro que não!

 

Já se estava mesmo a ver que os portugueses que são contra a vinda dos refugiados são os mais indignados com a sua recusa.

Os comentários no Facebook do jornal Público davam para alimentar um blog de sociologia durante um ano.

Se eu fosse uma refugiada que tivesse opção de escolher o país que me iria acolher eu escolheria Portugal?

Não, claro que não, especialmente se a minha intenção não fosse viver de subsídios mas estabelecer-me com a minha família.

Os subsídios e as ajudas são iguais em todo lado, sabem porque é que eles não querem vir para Portugal?

50% dos refugiados nunca ouviu falar deste pequeno jardim à beira mar plantado;

Os 50% que ouviram falar não querem vir para um país que não tem nada para lhes oferecer.

- Eles fogem da intolerância certamente não querem residir num país onde a intolerância é constante, seja em relação aos refugiados, seja em relação ao novo corte de cabelo da Cristina Ferreira.

- Eles procuram um país para ficarem a viver que lhes permita ter acesso a um emprego, como terão emprego em Portugal se o desemprego neste país gerou uma imigração massiva nos últimos anos? Fossemos nós tantos como eles causaríamos um fluxo migratório quase tão problemático como o deles.

Além disso quem quer viver num país em que se nomeia um primeiro-ministro que não ganhou as eleições?

Um país onde as notícias sobre o novo Governo destacam a primeira vez em temos uma negra, uma cega e um elemento de etnia cigana quando nunca as políticas orçamentais e a estabilidade política foram tão importantes.

Eu não os censuro eu cada vez gosto menos de viver neste jardim plantado à beira-mar pejado de incultos, xenófobos, racistas, machistas e preconceituosos em geral.

 

 

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