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Língua Afiada

 Maré de plástico

Praia de Montesinos, em Santo Domingo na República Dominicana foi invadida por toneladas de lixo, nomeadamente plástico, o cenário dantesco é um espelho do estrago que estamos a causar ao nosso planeta.

Onde se viam palmeiras e areia branca.

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Existe agora uma areal de plástico.

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Já estive na República Dominica, onde tive umas férias fantásticas pautadas por praias paradísicas e uma natureza incrível, a ilha para além das praias de areia branca e mar mais azul que o céu é um santuário de milhares de espécies marinhas e também de diversas aves, é possível admirar os lindíssimos corais e visitar um centro de proteção de tartarugas na famosa Ilha Saona, um dos locais mais belos que visitei.

Os Dominicanos são um povo muito afável e muito alegre, sempre a cantar e a dançar, recebem-nos de braços abertos e sorriso nos lábios, apesar de o país ser pobre, as suas gentes são ricas em afetos.

 

É com enorme tristeza, com o coração apertado que vi este vídeo, é impressionante que mesmo perante sinais atrozes da falência do nosso ecossistema, não sejam tomadas medidas concretas, rígidas e marcantes para que os nossos oceanos não passem a ter plástico em vez de peixes e as nossas praias em vez de areia tenham lixo.

Militares, ambientalistas e locais trabalham em conjunto para recolher o lixo, já foram retiradas mais de 50 toneladas de plástico, a ONG Parley Oceans está a transformar o plástico recolhido em produtos de consumo, uma forma de alertar para a poluição nos oceanos e para a necessidade de eliminar o desperdício de plástico.

Entretanto, nunca é demais divulgar o vídeo da organização, para que as pessoas se consciencializem que o plástico é um problema real e concreto que é preciso resolver hoje, agora e não deixar este planeta ser uma enorme lixeira de plástico para as gerações futuras.

 

O exemplo (péssimo) do caso Celtejo

Polui-se, é-se condenado a uma multa irrisória que a empresa pagaria sem qualquer dificuldade, recorre-se, a multa é cortada pela metade e transformada numa repreensão escrita.

Mas estamos a brincar?

Agora as empresas são crianças que levam um recado na caderneta para ver se na próxima vez se portam bem?

Não se trata de uma criança que deita um papel ao chão e que se repreende para que aprenda a não volte a repetir o comportamento.

Deviam e podiam ter aproveitado este caso para aplicar uma coima pesada que servisse de exemplo, que demonstrasse uma posição clara e inequívoca que os interesses e o dinheiro não se sobrepõem a tudo em vez disso resolveram passar a imagem clara que os poderosos continuam intocáveis em Portugal.

Claramente a promiscuidade entre governantes e empresas é acobertada pela justiça.

O timing perfeito mesmo antes de um feriado prolongado de festa numa semana em que muitas pessoas se encontram de férias, que é importante não levantar muita contestação.

Vergonha, vergonha de um país onde reina a corrupção, a impunidade, onde a culpa morre sozinha e se apaga lentamente da memória dos portugueses que vivem como se estivesse tudo bem.

Super Ambiente para o Super Primeiro

Super Ambiente – Já resolvi a situação meu rei!

Super Primeiro – Já? E Então já fizeste um acordo com eles?

SA – Sim, mal me viram tremeram logo das pernas e disseram de imediato que iriam cortar em três quartos das descargas.

SP – Ai sim?! E tu que contraproposta lhes fizestes?

SA – Berrei três quatros é inadmissível, têm de cortar pelo menos metade, metade! E eles aceitaram prontamente cortar pela metade.

SP – Está tudo assegurado e tratado?

SA – Sim, já garantiram que continuarão a fazer metade das descargas, já falei com o filho do primo do cunhado do amigo do seu amigo e ele garantiu-me, assegurou-me que está pronto para iniciar a empresa de limpeza.

SP – Tem de ser iniciada o quanto antes, o Super Finanças tem de garantir a aplicação de algum dinheiro das cativações para o projeto, assim como as nossas luvas.

SA – O rapaz está mesmo a terminar o curso engenharia ambiental numa dessas faculdades privadas, deixou dez cadeiras para trás, mas o pai já me garantiu que paga os exames extraordinários que forem necessários para que ele possa ter o canudo no final deste ano letivo.