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Língua Afiada

Fotógrafos amadores a quererem ser profissionais

O que distingue um profissional de um amador é mesmo o profissionalismo, infelizmente parece que o mundo se esqueceu de um dos significados de profissionalismo, ser profissional não passa apenas por ter brio profissional, ser profissional é fazer algo por ofício, não por passatempo, por gosto ou por achar que se tem jeito.

Infelizmente nas profissões ligadas à comunicação, marketing, design, fotografia, produção, vitrinismo, decoração o que não faltam são pessoas sem qualquer formação profissional a exercerem, o resultado é o que se espera de um amador, falha nos detalhes, é nos detalhes que está o diabo e basta um olhar mais atento para diferenciar um profissional de um jeitoso.

 

Que vendam o seu trabalho como profissionais e a que a maioria dos clientes não perceba e fique satisfeito da vida, não é ético, mas se o cliente não reclama e ainda fica satisfeito, quem sou eu para colocar problemas, agora quando o cliente reclama de forma construtiva, apontando erros e soluções para os mesmos, o amadorismo estende-se da atividade para a dimensão de tratamento do cliente e temos um amador a tratar as pessoas de forma amadora.

Gostar de fotografia, ter bom equipamento fotográfico e um estúdio não fazem de uma pessoa um fotógrafo, para fotografar acima de tudo é preciso ter olho e criatividade, mas mesmo quem tem essa apetência natural necessita de formação.

 

Há uma semana atrás o nosso problema passava por pensarmos que teríamos dificuldade em selecionar apenas algumas fotos de uma sessão, hoje o nosso problema é conseguir selecionar uma quantidade mínima de fotos.

Nos últimos anos é hábito as famílias contratarem as mais diversas sessões fotográficas para ficarem com um registo profissional dos momentos mais importantes, a fotografia profissional passou a estar presente em muito mais ocasiões, mas o que tenho percebido é que o registo nem sempre é profissional.

 

Antes de contratarem uma sessão, mais do que pedir referências, peçam o currículo do fotógrafo, não se guiem pelas fotos que colocam no portfolio, nem pelas opiniões de pessoas que não percebem nada de fotografia, peçam o currículo para perceberem se têm realmente formação na área para não terem dissabores.

É muito fácil ludibriar pais babados com fotos amorosas dos seus filhos, a tendência é olhar para o seu rosto feliz, mas um olhar atento revela falhas inadmissíveis no enquadramento das fotos, que a maioria das pessoas fique feliz e contente com o resultado final não surpreende, as pessoas não têm todas de perceber de fotografia e enquadramento, que tentem tapar o sol com a peneira a quem percebe é que é inadmissível.

 

Sei que eu o meu marido somos clientes exigentes, mas somos muito transparentes e diretos e antes ainda sequer de a sessão começar falamos das nossas profissões, do nosso gosto por fotografia, das nossas expetativas e dos motivos que nos levaram a contratar o serviço, o mínimo que o fotógrafo deveria ter feito era levar isso em consideração, porque se há clientes que gostam de tudo, outros há que por perceberem do assunto e saberem o que querem serão obviamente mais exigentes.

Não faltam ofertas de fotógrafos para sessões fotográficas, verifiquem se são realmente fotógrafos ou uns amadores que resolveram ganhar dinheiro fácil sem qualquer profissionalismo.

 

Todas as pessoas sabem carregar no botão para fotografar, poucas sabem buscar a essência das pessoas, isso é um dom, mas enquadrar bem é o mínimo, estou convencida que há por aí muitas adolescentes com mais olho para a foto que muitos que cobram por acharem que sabem ou percebem alguma coisa de fotografia.

Coisas que acontecem lá em casa #12 – Eletrodomésticos

A lâmpada do forno fundiu e parece ser impossível retirar a proteção para a mudar, depois de um olhar atento ao estado geral do forno enquanto o limpava no sábado à tarde, pensei – Acho que vou comprar um forno novo.

O dito já tem quase 11 anos e nunca me encheu as medidas, especialmente no que toca à confeção de bolos, a ideia pareceu-me boa e estava já com o discurso aprumado para dar a notícia ao meu marido.

Entretanto a eletricidade foi-se abaixo, o Moralez diz-me que pelo disparo tinha sido um curto-circuito, pois tinha tentado ligar novamente e não tinha conseguido.

Inspeção a todos os aparelhos eletrónicos lá de casa, descobriu que tinha sido a máquina de lavar roupa, que após inversão a posição da ficha voltou a arrancar e a trabalhar sem problemas.

Só que não, uns 20 minutos depois chega a triste notícia da sua morte anunciada.

Moralez – A máquina de lavar roupa avariou e acho que é o controlador.

Eu – Já não vou comprar um forno novo.

Moralez – Forno?

Eu – Estava a pensar comprar um forno novo, agora já não há forno para ninguém.

 

Ontem na hora de almoço uma colega de trabalho pergunta:

– Então já decidiste Bimby ou Yammi?

Eu – Máquina de lavar roupa.

 

Planos adiados, nem forno, nem máquina de cozinhar que agora o mais importante é mesmo ter a roupa lavadinha.

A boa notícia para vocês? É que provavelmente terão aqui um guia para adquirir uma máquina de roupa em breve, porque sou vossa amiga e vou partilhar convosco a pesquisa exaustiva que fizer ou então vou só comprar a mais económica e não se fala mais no assunto.

Coisas que acontecem a uma recém mamã

Ser mãe é um desafio em muitas vertentes, mas sem dúvida a maior é manter o juízo prefeito, é impossível, chega a um ponto que simplesmente entramos em modo automático e direcionamos toda a nossa atenção ao bebé, mas tudo o resto sofre, principalmente nós.

Nestes últimos meses aconteceram-me as coisas mais loucas e parvas, trocas, esquecimentos, falhas que nunca julguei ser possível acontecerem-me.

 

Colocar gel de banho no cabelo

Não uma, mas pelo menos duas vezes, pelo menos as duas em que me apercebi, acredito que possam ter sido mais.

 

Trocar os horários das consultas

Depois de confirmar umas 15 vezes consegui trocar o horário de duas consultas, felizmente atenderam-nos e não houve mal maior.

 

Esquecer de temperar a comida

Os meus dotes culinários foram à vida, estão completamente perdidos. Ainda na semana passada fiz um belíssimo arroz sem pitada de sal, credo arroz sem sal é coisa que não se consegue mesmo comer, felizmente a comida tinha molho.

 

Esquecer de dizer coisas importantes

Tenho pena do meu marido, é sempre o último a saber das coisas porque eu esqueço-me de lhe dizer, não se tratam de banalidades, mas coisas importantes, como esquecer de avisar que a Segurança Social enviou um e-mail.

 

Esquecer eletrodomésticos ligados ou abertos

Um perigo, como é muito perigoso e como começou a acontecer com alguma frequência, comecei a verificar duas, três vezes se desliguei efetivamente o ferro ou o grelhador e se fechei a porta do congelador.

 

Esquecer de tomar banho

Eu para além de adorar tomar banho só porque sim, o banho era muitas vezes o meu único momento de relax, mas dias existiram em que me esqueci simplesmente de tomar banho! What!? Como é possível? Simples, estava tão cansada que só queria dormir.

 

Esquecer de colocar creme

Aliás colocar creme durante algum tempo foi uma miragem, o único creme que não falhava era o da Medela, todos os outros ficaram durante dias (semanas) arrumados confortavelmente nas prateleiras do WC até a pele ficar tão ressequida que lá me sentia na obrigação de a mimar.

 

Esquecer de ligar as máquinas de lavar e secar

Uma maravilha colocar tudo pronto para lavar ou secar, inclusive definir o programa e colocar detergente, fosse roupa ou louça, e esquecer de carregar no iniciar! Fantástico quando chegava à hora de jantar e percebia que a máquina da louça estava carregada de louça suja!

 

O drama do frigorífico

Basicamente se não parasse para pensar só havia um local lá em casa para guardar coisas, o frigorífico, as vezes que abri o frigorífico sem necessidade, fosse porque não precisava de nada de lá, fosse porque achava que ia lá colocar algo que não precisava de refrigeração, fosse porque o abria e ficava a olhar para o seu interior. A conta de eletricidade sofreu com este drama.

 

Listas para que te quero

Ir três vezes ao supermercado e mesmo assim faltarem coisas em casa, não é fácil, mas aconteceu várias vezes.

 

Estacar a meio do caminho

Estar a deslocar-me dentro de casa e parar subitamente por não saber o que ia fazer passou ser desconfortavelmente comum, odeio, mas com algum esforço lá conseguia perceber o que queria fazer.

 

Não ter tempo para ir ao WC

As nossas prioridades realmente ficam completamente invertidas, e à frente de qualquer necessidade fisiológica está a bebé, comer era impossível esquecer porque estava constantemente com fome, mas esquecia-me de beber e esquecia-me (ainda esqueço) de ir ao WC, a quantidade de vezes que me apercebia que estava com a bexiga a rebentar, impensável.

 

E muito mais haveria a dizer, mas adivinhem, esqueci-me de metade, juro que quando me lembrei de escrever sobre isto me lembrava de muito mais coisas estranhas que me aconteceram (acontecem).