Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Língua Afiada

#tradwife – o movimento mais parvo dos últimos tempos

Iludidas pelas imagens românticas das esposas e donas de casa perfeitas dos anos 50, há mulheres que querem restaurar não só essa imagem idílica como querem fazer dela moda.

O “marido em primeiro lugar” dizem elas é o caminho para a felicidade, para terem um lar repleto de amor e harmonia, qual postal ilustrado.

Esposas dedicadas a cuidar da casa, perdão lar, dos filhos e claro do marido, gestoras do lar com independência financeira que depende do montante que os maridos estão disposto a dar-lhes por mês.

A cereja no topo do bolo é afirmarem que é um movimento feminista, claramente estão confundir feminismo com feminino.

Alena Kate Pettitt, uma espécie de embaixadora do movimento criou o site The Darling Academy que aconselho precaução ao abrir não vão sofrer de urticária, suores frios, ataques de pânico ou até um ataque cardíaco com a quantidade de declarações estapafúrdias que lá existem.

Outra iluminada é Dixie Andelin Forsyth, filha de Helen Andelin que escreveu o livro Fascinating Womanhood em 1963, agora a filha relançou o livro e este é praticamente a Bíblia para o movimento com conselhos para um casamento feliz que inspiram o conteúdo de workshops sobre feminilidade e estilo de vida tradicional, onde se aprende a “como comer pizza sem parecer lésbica” ou "como se comportar para atrair e manter um homem".

Esta pobre coitada, lamento mas não consigo classificá-la de outra forma, teve o desplante de proferir isto "As mulheres no Reino Unido, e em outros lugares, já tiveram feminismo suficiente (...) Agradecemos às feministas pelas calças, mas olhamos para a vida de uma forma diferente"

Pobre alma que acha que as feministas lutaram por vestir calças, idiota, abdica do teu direito de voto, de tirares carta de condução e de poderes trabalhar caso o marido te falte ou te troque por um modelo mais recente e já agora abdica do direito de denunciares o crime de violência doméstica, tão submissa que és, uns acoites só podem fazer parte do cenário.

Existe liberdade de expressão e o feminismo deu poder às mulheres para fazerem da vida delas o que bem entendem, se querem cuidar da casa, dos filhos e do marido, é uma escolha delas, não crítico quem toma essa escolha e existem muitos motivos para a tomar, há muitas mulheres verdadeiramente feministas que a tomam para o bem-estar dos filhos e porque se sentem realizadas assim, mas daí a propagar a submissão das mulheres e a colocar o marido em primeiro lugar, como se de um Deus se tratasse vai uma grande diferença.

Estas cabeças de vento querem vender uma ideia ultrapassada, retrógrada e perigosa, pode parecer romântico ter tempo para cuidar da casa, dos filhos, do marido, conviver com as amigas e como elas promovem muito croché, rosas, laços e nada de decotes, um cenário tão bonitinho a fazer lembrar o filme “The Stepford Wives”, mas tal como o filme esta perfeição pode esconder muitos problemas e não é preciso ser muito inteligente para perceber quais, basta conhecer a história das mulheres e a sua luta pelos mesmos direitos que os homens, que ainda hoje é válida.

Dependência financeira é o primeiro passo para o abuso, para a submissão, para a infelicidade e se a fórmula pode até “resultar” na classe média-alta, claramente não se pode aplicar à classe-média, à classe-média baixa e muito menos aos pobres que se querem ter uma vida digna têm de trabalhar ambos os membros do casal e mesmo assim não é fácil.

Sempre quero ver como estas esposas extremosas se sentirão quando os maridos igualmente tradicionais as trocarem pela secretária mais nova, mais independente e mais desafiante.

Estes movimentos estão muitas vezes associados a outros ainda mais perigosos de extrema-direita, sonegar direitos e submissão são bandeiras dos fascistas e todos os movimentos que as promovam são bons para divulgar e financiar.

O clima de instabilidade financeira, os preconceitos raciais e culturais, a repercussão que “os outros” nos irão retirar identidade, empregos e oportunidades são ninhos de vespas favoráveis ao aparecimento destes movimentos que podem parecer caricatos, engraçados, mas são muitíssimo perigosos.

Vivem-se tempos complicados, devemos permanecer vigilantes ou um dia destes entre ridicularizar estes iluminados e fazer publicações indignadas no Facebook estamos debaixo de um regime e ainda batemos palmas às palas que nos colocam nos olhos.

#modernwomen #modernwife #freedom

Irritações – tudo faz falta até açúcar!

Oh mentes desvairadas, desinformadas, retrógradas, atrasadas e estúpidas* quem é ainda acredita que o açúcar processado e adicionado artificialmente faz falta?!

* Desculpem os insultos mas se estas mães têm tempo para comentar posts de treta nos grupos de mães, também têm tempo para abrir o Google e pesquisarem sobre o que o açúcar faz ao nosso organismo.

A propósito de uma pergunta sobre se aconselham dar ou este composto lácteo da Cerelac:

media.jpg

Hoje li isto “ Açucar para ter força” – com direito a erro ortográfico e tudo.

Numa alimentação diversificada e em conta, peso e medida não faz mal nenhum, só faz é bem. Necessitamos de tudo para viver. As bebidas gaseificadas, mc donalds, molhos, fritos também fazem mal e no entanto também comemos

Pela lógica desta mãe vamos lá dar tudo e mais alguma coisa às crianças porque o argumento é “também comemos”, só que nós escolhemos o que comemos e um bebé come aquilo que lhe oferecem, não escolhe.

A situação só piora quando percebo que há bebés com 5 meses a beber isto, quando na embalagem diz a partir dos 6 meses, a desculpa? A pediatra disse que não fazia mal. Fico na dúvida se a pediatra sabia qual era o produto ou se disse que sim porque já sabia que a mãe a ia ignorar, uma mãe que lê numa embalagem a partir dos 6 meses e espeta com o produto a um bebé de 5 meses deve dar a mesma importância à pediatra que dá às recomendações do produto.

E depois a quantidade de mães que dizem que os filhos adoram! Pois claro que adoram é extremamente doce, quem é não gosta de um docinho.

Isto mexe-me com os nervos, mexe porque sei que terei imensa dificuldade em controlar o que os outros dão à minha filha, já falei com a ama para não lhe dar nada com açúcar, mas claro que já provou bolacha Maria.

A ama da minha filha teve exatamente a mesma resposta, que precisamos de tudo até de açúcar, revirei os olhos, respirei fundo e expliquei-lhe que não precisamos de açúcar adicionado, mas sim dos açúcares naturalmente presentes nos alimentos. Para já acho que não vai inventar, mas terei de estar vigilante pois tenho a certeza que não terá problemas em dar-lhe alimentos doces quando for mais velha.

Um drama, parece que estamos constantemente a lutar contra a sociedade quando na verdade só queremos o melhor para os nossos filhos, e é efetivamente o melhor, está completamente desaconselhado dar açúcar a um bebé, especialmente até a 1 ano de idade, se conseguirmos prolongar até aos 2 anos, melhor ainda.

Sinceramente não sei o que estas pessoas têm na cabeça, dar bebidas com glúten antes dos seis meses? Substituírem leite materno ou de fórmula por um composto de leite com bolacha Maria?

Não venham com a desculpa de que se não são saudáveis, não deveriam estar à venda, como também li como desculpa, como se as pessoas fossem obrigadas a comprar e não tivessem oportunidade de ler os rótulos, é fácil sermos enganadas, mas podemos estar atentas, também comprei iogurtes naturais com sacarose, mas não volto a comprar.

Nos supermercados encontramos um pouco de tudo e não é por isso que tudo é recomendável, no caso dos alimentos para bebés deveria existir mais controlo, pelo menos nos alimentos dados a partir dos 6 meses.

Há uma marca de iogurtes para dar a partir dos 6 meses que tem sacarose e não deveria ter, devemos ser mais exigentes e recusar essas opções, as marcas, acreditem, vendem o que queremos comprar e não o contrário.

Sejam conscientes e se não se sentem capazes de avaliar os produtos falem com os pediatras, não peçam opiniões em grupos.

 

O mistério do WC feminino

Não vou revelar-vos porque é que as mulheres vão aos pares ao WC porque não há um motivo, existem vários, o que quero aqui expor é o flagelo que assola os WC’s femininos por este país e, creio, por todo mundo - a javardice.

 

Porque é que as mulheres deixam o WC sujo? Porquê senhoras? Porquê?

Tenho tentado descortinar os motivos que levam algumas mulheres a não terem o mínimo respeito por esse local sem o qual não conseguem viver, uma pessoa aguenta horas sem comer, horas sem beber, mas ninguém aguenta horas com a bexiga cheia, muito menos com os intestinos prestes a explodir, para não falar daqueles dias do mês em que é obrigatório ir ao WC tratar de vida para não dar uma nova cor às calças.

 

Que mulher nunca pensou no inconveniente de estar num local sem WC durante muitas horas?

Penso sempre nesta possibilidade, é uma coisa que não me condiciona mas que me coloca a fazer contas de cabeça e já fez com que reduzisse à quantidade de líquidos ingeridos para não ter de recorrer por exemplo a um WC portátil, porque mesmo sendo uma ninja do WC, consigo fazer as necessidades sem tocar em nada a não ser no fecho da porta mesmo às escuras, perante o perigo de contágio os meus olhos adquirem o super poder de conseguir que um misero ponto de luz ilumine todo o espaço, mesmo com estas capacidades evito usar este tipo de WC.

 

Precisamente por necessitarmos tanto do WC porque para nós não basta abrir a breguilha para aliviar a pressão na bexiga que não consigo entender porque é que tantas mulheres desrespeitam esse espaço que se quer limpo, organizado, desinfetado e arejado.

Um dos locais onde este flagelo é mais complicado é no local de trabalho, ele há colegas para todos os gostos e feitios desde as que deixam papel no chão, sanita suja sem despejar a água, que não lavam as mãos às que parecem levar perfume para o WC, sim nem todas são porcas e badalhocas, só que dessas não reza a história.

Quando se entra no WC e cheira a perfume ou creme do corpo ninguém se chateia, agora quando se entra no WC e é todo um cenário de guerra é caso para ficarmos de mau humor por um par de horas.

 

O que leva uma mulher a ter este comportamento?

- Fica ressabiada porque em casa é ela que limpa e os outros sujam e resolve vingar-se na funcionária da limpeza? Ao género – Vá limpa, é o teu trabalho, em casa sou eu que limpo!

- Faz javardice porque em casa não tem coragem de fazer?

- É a maluquinha de serviço e por isso resolve deixar presentes desagradáveis para as restantes colegas?

- Chega mais cedo para usar o WC acabadinho de limpar para o deixar sujo para as outras? Ou será para poupar papel higiénico em casa?

- Nasceu porca e não sabe ser de outra forma?

 

Aposto todas as fichas na última hipótese é uma porca e no trabalho acha que pode ser porca à vontade porque, pensa ela, que nunca saberão quem é.

Para além de porcas estas mulheres são burras, sem desprestígio para ambos os animais, porque é claro que as colegas descobrem as badalhocas em dois tempos, nunca duvidem do poder de observação, dedução e investigação de uma mulher, sabemos sempre quem é que são as porcas e fazemos questão de contarmos umas às outras para confirmarmos suspeitas e para avisarmos, já sabemos que depois de determinadas pessoas usarem um WC é melhor usar o outro.

 

Juro que já tive vontade de falar com uma colega que teima em deixar o WC em estado de sítio e para cúmulo a criatura não é capaz de usar o que sujou, nada disso suja um de manhã e depois da hora de almoço suja o outro, a funcionária da limpeza que é só a pessoa mais fantástica do mundo, já sabe da rotina da criatura e lá vai ela munida de luvas e desinfetante para limpar a porcaria da porca.

Há sempre aquele estigma que não se pode entrar nos WC’s dos homens porque estão imundos, porque ainda se acha que eles não são dados a limpezas, que estamos no tempo das cavernas e que quem limpa é a mulher, pois bem, na realidade 90% das vezes os Wc’s dos homens estão mais limpos que os das mulheres.

 

Cada mulher que deixasse o WC sujo devia sair também ela suja, estilo rótulo para ver se ganhava vergonha na fronha.