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Língua Afiada

Sem Espírito Natalício

Finalmente temos todas as prendas de Natal compradas, ainda bem porque acho que não teria paciência para ir novamente às compras, adoro comprar presentes e gosto de fazer compras, mas a confusão é tanta que perde-se a vontade.

Ontem eram tantas as pessoas que na Primark do Norte Shopping tiveram de impedir por uns largos minutos que mais pessoas entrassem na loja para que fosse possível circular junto às caixas de pagamento.

Parecia existir uma urgência estranha nas pessoas, uma pressa, uma espécie de aflição para concretizar algo, uma correria, um stress que nada tem a ver com o espírito natalício.

 

Escolher e comprar um presente para alguém não deveria ser um stress, deveria ser uma alegria, um prazer, escolher cuidadosamente uma prenda de acordo com as suas preferências, com cuidado, carinho, sabendo que aquele presente o faria feliz.

Infelizmente este ano as nossas prendas de Natal foram compradas atabalhoadamente, costumo fazer uma lista de presentes e sugestões do que comprar para cada pessoa, como temos andado mais ocupados do que o habitual fomos deixando os presentes de lado e na hora de comprar foi um processo mais complicado e mais demorado do que o habitual.

 

Na verdade o espírito natalício este ano ainda não me cativou, começou logo pelas decorações, fiz a Árvore de Natal e coloquei o Presépio na sala mas todas as restantes decorações ficaram nas caixas, não há arranjos de pinheiro e azevinho, não há detalhes de Natal espalhados por toda a casa, nem as velas de Natal foram colocadas.

Arrisco-me a dizer que este é o primeiro Natal em que não me apetece festejar, não que não tenha motivos para o fazer, felizmente tenho vários, mas não conseguimos propriamente controlar se temos ou não aquela alegria contagiante tão caraterística desta época, este ano não tenho.

A culpa não é do Natal é natural que depois de um ano complicado o final do ano seja difícil, apesar de ser só uma data no calendário, é um marco, uma viragem e é o assinalar de mais um ano que ficou aquém dos desejos e dos sonhos.

 

Quando não há espírito natalício resta-me o consumismo, porque mesmo sem vontade de escolher presentes, faço-o, mantendo a tradição, escolho as prendas com carinho, mas sem entusiasmo e com alguma urgência, como a despachar uma tarefa, não gosto dessa sensação.

Revi essa sensação em várias pessoas com quem me cruzei, um olhar vazio, quase perdido, à procura que os presentes lhes caíssem nos braços sem procurar muito, sinais de stress, angústia e pressa de sair do meio da confusão.

Tenho saudades de passear alegremente pelas ruas, de me deslumbrar com as decorações das montras, de fotografar as luzes, de sentir, de respirar Natal e sorrir só porque sim, só porque é tempo de paz e harmonia.

Não gosto desta sensação de pressa, consumismo e obrigação, não gosto da correria, do stress e da confusão.

 

Sei que o vejo nos outros é um reflexo do que sinto, não é possível ver paz quando estamos desassossegados, para festejar o Natal é preciso estar no estado de espírito certo, não estou, isso deixa-me triste, nunca pensei ser uma dessas pessoas que fala do Natal como mais um momento banal e que inevitavelmente festeja todos os anos mesmo sem vontade.

Festejarei mesmo assim, afinal qualquer pretexto para juntar a família é bom, mas o espírito natalício não estará presente, talvez para o ano ele regresse. 

Compras de fim-de-semana

Neste fim-de-semana fomos às compras, não é o nosso programa favorito para um sábado, mas como tínhamos mesmo de comprar dois presentes não tivemos outra solução.

A intenção era comprar os presentes e caso víssemos algo interessante para nós aproveitávamos a viagem, pelo menos era essa a ideia inicial.

Na semana passada fiz um post com a lista de peças que queria (podia) comprar para esta estação, tinha uma lista, mas como já disse várias vezes não me dou bem com listas.

Da lista consegui cumprir um item: as blusas.

As restantes compras foram completamente ao lado, quase que cumpria o item do sobretudo preto, quase porque apesar de ter comprado um casaco quente de lã preto não é o estilo que tinha pensado inicialmente, mas é giro que se farta garanto.

Resultado final: tenho 4 casacos novos! Sim, sou maluca por casacos, não resisto, agora tenho mesmo de me desfazer de alguns…

A meio das compras estraguei as sandálias, não queria acreditar, para além de gostar muito delas não veio dar muito jeito estragarem-se quando estava longe de casa, menos mal que se estragaram num local onde se vende calçado.

Tentei sem sorte encontrar umas sandálias, nada que não estivesse à espera já que andei o Verão todo à procura e não encontrei um único modelo que me enchesse as medidas.

Comprei umas Converse para oferecer ao afilhado e como estava “descalça” resolvi experimentar umas, já não calçava o modelo há muitos, muitos anos e para minha surpresa não é que gostei de ver, mais ainda gostou o Moralez, sorte a minha que gostou tanto que me ofereceu um par e para andarmos a condizer comprou umas para ele.

Uma eternidade depois voltei a gostar das Converse All Star, espero que não me aconteça o que aconteceu no passado que passem a ser uniforme.

No final da tarde ainda demos um salto à loja do demo, porque eu gosto de roupa, mas gosto ainda mais de móveis e decoração e qualquer ida ao IKEA é uma desgraça.

Adivinhem lá o que comprei de prenda? O Elefante, o peluche mais fofinho da loja, aquele que eu queria de prenda de Natal.

Felizmente que fomos sem contar e por isso não levava lista, nem tinha presente as coisas que me estavam a fazer falta, já há muito tempo que não deambulávamos pelos ambientes, normalmente descemos diretamente para a zona de compras, fiquei encantada com uma das cozinhas, adoro a minha cozinha, mas aquela se estivesse com intenções de renovar ou a fazer casa não me escapava.

Fico sempre com a sensação que tirando os móveis de cozinha os restantes móveis devem muito à qualidade e embora me encante com os ambientes quando toco, abro os móveis fico desiludida.

Já recebi o novo catálogo que não tive ainda oportunidade de ver com olhos de ver, mas tenho a sensação que em breve terei em casa mais umas coisas giras ao estilo escandinavo.

Ai este meu lado consumista, é a minha desgraça.

Então e nova maçã (iPhone X)? Review :D

Em primeiro lugar escreve-se iPhone X mas lê-se iPhone 10, mania que esta gente chic tem de complicar as coisas, depois os parolos fãs incondicionais das marcas trendy não sabem como pronunciar o nome.

Ele é iPhoni, iPoni, efone, juro que já ouvi um pouco de tudo.

 

Se eu gosto da marca Apple? Gosto, acho que todos os produtos são esteticamente bonitos, quase todos funcionais e como profissional de marketing gosto ainda mais de perceber como o seu marketing funciona, é um case study dos que valem a pena.

Se acho normal alguém gastar dois ordenados mínimos num telemóvel, quando ganha efetivamente o ordenado mínimo e vai estatelar o vidro do seu querido iPhone antes de o acabar de pagar? Não acho, acho pura estupidez.

Ao nível de quem compra um Mercedes e depois não tem dinheiro para pagar uns pneus novos porque se entusiasmou a mostrar a velocidade estonteante aos amigos e subiu um passeio e zás lá se foi o pneu.

Acham isto improvável? Não achem. Há duas coisas que caminham de mãos dadas estupidez e viver acima das possibilidades.

 

Voltando ao iPhone X, grande espetáculo, grande expetativa, fuga de informação (alguém ainda acredita nesta?) e a montanha pariu um rato.

Ecrã total. A sério? Só agora? Demoraram mesmo quantos anos a desistir do botão ridículo?

 

Face ID? Gostava que alguém me esclarecesse se isto é ultrapassável com uma foto da pessoa em tamanho real, não deve ser, mas são ideias que me cruzam pela mente.

É giro, mas é realmente necessário utilizar este tipo de tecnologia num telemóvel, a impressão digital não é suficiente?!

 

“A câmara TrueDepth analisa mais de 50 movimentos musculares diferentes para refletir as suas expressões em 12 divertidos Animoji. Revele o panda, robô ou unicórnio que há em si.”

Não! Por favor não! Não precisamos de mais emojis!

Quando li a primeira vez pensei que iriam fazer do nosso rosto um emoji, estilo as brincadeiras do Snapchat, mas afinal não é só uma maneira diferente de colocarmos um emoji, só que claro com o nome diferente.

 

 

“As duas câmaras traseiras usam a estabilização ótica de imagem e as rápidas objetivas para criar fotos e vídeos deslumbrantes, mesmo com pouca luz.”

Onde é que eu já vi isto? Nos concorrentes chineses que produzem na fábrica ao lado.

 

Carregamento sem fios… Hum também já tinha sido inventado.

 

Novo IOS com novas funcionalidades, só se for mesmo para os iPhones, não vejo novidade nenhuma no geral.

 

Não vou comentar a rapidez pois só fazem a comparação e bem com o processador anterior, mas duas horas a mais em relação à bateria do o iPhone 7? Só podem estar a brincar!

Ou seja, se durar 24 h é uma sorte!

 

É bonito, mas não convence de todo.

Antes que os fãs incondicionais venham para aqui atirar pedras, neste caso escrever frases insultuosas, não, o meu sonho não é ter um iPhone, felizmente se quisesse tê-lo era só esperar que estivesse disponível e comprar e imagine-se posso pagá-lo a pronto, e acrescentar seguro e tudo.

O que me custa é ver esta febre sem qualquer pensamento crítico, sem qualquer análise, é iPhone e é novo, logo é o melhor. O poder das marcas senhores é infinito tal como a estupidez humana, especialmente para aqueles que o compram e depois usam 10% das funcionalidades.