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Língua Afiada

Putin que o pariu

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Mais uma prova, como se a história já não nos tivesse dado tantas, que os sistemas políticos radicais não trazem nada de bom ou de próspero a longo prazo, um ditador não é nada mais, nada menos, que um sociopata narcisista com devaneios de grandeza e ilusão de intocável, assim é Putin, um louco com muito poder e sem medo.

Sanções e mais sanções e abordagens diplomáticas, uma estratégia do Ocidente que é e será claramente ineficaz, pois Putin não conseguiria estar menos despreocupado com o seu povo, para ele o importante é demonstrar poder e alargar o seu poder.

Não pensem que ficará por aqui, se Putin não for travado a seguir à Ucrânia serão outros países, quem pode imaginar quão grande será a sua sede de poder? Ninguém, mas é com certeza grande, megalómana e imprevisível.

O mundo deverá dar uma resposta forte e consistente a Putin, não prevalecerás, custe o que custar, pois hoje é a Ucrânia amanhã seremos nós, é preciso deixar bem claro, sem qualquer sombra de dúvida que não é possível invadir um país soberano sem consequências.

Se uma ofensa militar será a solução? Talvez não, é movimentar o mundo num terreno minado e pantanoso, dado o armamento nuclear da Rússia, mas não fazer nada também não é opção.

Esperemos que Putin recue, não tenho muita esperança, e que esta guerra fique por aqui e que não se traduza na terceira guerra mundial.

Até lá resta-nos rezar, pedir, meditar, o que seja, ter presente os ucranianos no nosso pensamento, dando-lhe o máximo de energia positiva que conseguirmos e demonstra-nos o nosso descontentamento da melhor forma que conseguirmos.

Ucrânia estamos contigo!

Há pobres? Chamem-se os Cristãos!

Este foi o conselho que Marcelo Rebelo de Sousa deu aos portugueses, é claro que temos de contextualizar e dizer que foi num discurso na Santa Casa da Misericórdia numa homenagem ao Engenheiro Bruto da Costa, não obstante, mais parece um sermão da missa de Domingo do que um discurso de um Presidente da República, principalmente tendo em consideração que Portugal é um Estado laico.

Na verdade o que Portugal é, é um Estado falido, pejado de corruptos e de mágicos, António Costa é sem dúvida um grande ilusionista, especialista em distribuir o que não tem, mas alguém pagará a conta, pagaremos todos com juros.

Numa coisa Marcelo tem razão se os cristãos e todos os cidadãos chamem-se a si o dever de agir e de mudar o que está mal, as coisas seriam muito diferentes, mas os portugueses são conhecidos pelos costumes brandos e por isso são espezinhados, gozados e roubados sem sequer “arrebitarem cabelo”, estilo escolinha que para falar coloca-se o dedo no ar e só se fala com autorização e se o assunto for conveniente.

Vivemos numa liberdade censurada, onde quem é contra o Governo é pessoa não grata e desqualificada, não há sequer lugar a discussão, é-se logo acusado de ser de Direita e arruma-se a questão com o nome de Paços Coelho.

Discute-se cada vez menos política porque dá mais nervos e ansiedade que discutir futebol, podemos ter amigos de outro clube, mas de outra cor política começa a ser complicado, há quem só veja rosa, não será por acaso que o rosa é a cor que associamos à fantasia e aos unicórnios.

O nosso país está falido e não há vislumbre de melhoria, nem sem bazuca, nem com bazuca e o Presidente da República apela aos cristãos para mitigar a pobreza, porque será com a sopa dos pobres e caridade que as pessoas passarão a ter uma vida digna.

Sem qualquer desprestígio pelas pessoas que praticam a caridade, sejam elas cristãs ou não, não será com certeza a caridade das pessoas a resolver o problema, não será sequer tirar dinheiro aos ricos para dar aos pobres, mas sim promover uma economia saudável e uma sociedade igualitária com oportunidades para todos e com um elevador social que realmente funcione, sem boleias de afiliados de partidos ou cunhas para os amigos dos amigos.

Estamos fartos de ver elogios e condecorações a corruptos incultos que fazem carreira à custa dos amigos, queremos uma sociedade mais justa onde o mérito, o esforço e a dedicação são premiados independentemente da origem, cor, etnia ou classe social.

É preciso acordar, é preciso acordar e perceber que Portugal não sai da cauda da Europa porque quem manda não quer que isso aconteça, fazer um país crescer não é física quântica, não é preciso sorte ou magia, é só seguir o exemplo de quem o fez.

Este discurso do Presidente é anedótico, pois a Constituição que defende, laica, responsabiliza o Estado por dar condições dignas aos cidadãos, os cristãos não devem ser para aqui chamados.

Portugal será sempre pequenino, não pelo seu tamanho, mas pela sua mentalidade e com exemplos destes, é claro que nunca sairemos da cauda da Europa, Costa é mau, mas Marcelo a acaba por ser pior por permitir que Costa faça o que bem entende e ainda se ache o dono disto tudo.

Os 2700€ da polémica

A mais recente polémica é a situação hipotética que Miguel Sousa Tavares colocou ao Primeiro Ministro António Costa, MST procurou explicar que um jovem mesmo que ganhasse 2700€ num primeiro emprego ganharia na realiade apenas 1400€ e que se a esse valor retirasse o valor da renda, 1000€ para um apartamento em Lisboa, seria forçado a viver com 400€.

O que é que uma grande parte dos portugueses retiraram desta situação hipotética?

- Que MST é uma alienado que não faz ideia de quanto ganham os portugueses.

- Que ninguém ganha esse valor em ínicio de carreira e para muitos ainda bem que não ganham, porque mesmo sendo altamente qualificados não merecem.

- Que as rendas no resto do país não são tão altas como em Lisboa e que existe mais Portugal para além da capital.

 

Infelizmente ninguém percebeu que:

- Mesmo com um ordenado irreal de 2700€ é impossível uam pessoa viver sozinha em Lisboa e esta realidade começa a alargar-se a outras cidades.

- Que a carga de fiscal sobre os ordenados é absurda.

- Que os portugueses não ganham o suficiente para terem qualidade de vida.

Estas conclusões não em surpreendem, somos peritos a nivelar por baixo, talvez por termos o socialismo entranhado no nosso sistema mesmo sem nos apercebermos, um peso cultural que nos puxa para baixo, desdenhamos de quem tem, em vez que admirarmos as conquistas e procurarmos seguir os exemplos, é sempre melhor invejar, menosprezar, relativizar e encontrar motivos pouco dignos para justificar o sucesso dos outros.

Mentalidade pequena e míope, a mesma que acha que devemos retirar direitos aos funcionarios públicos, em vez de os estendermos a todos, sou a primeira a apontar as desigualdades, mas o caminho não é retorceder nas regalias de quem tem mais, mas sim alarga-las todos.

O MST Tavares até poderia ter dado um exemplo com um ordenado mais pequeno, o jovem continuaria a não conseguir viver sozinho, o exemplo de um ordenado desfasado da realidade foi precisamente para as pessoas perceberem que não é só uma questão de ordenados, é uma questão de impostos e de sistema.

António Costa fugiu à questão, refugiou-se no exemplo irreal e os portugueses seguiram o mote, em vez de perceberem a ironia.

António Costa ri-se de nós, em horário nobre e nós ainda concordamos com ele.