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Língua Afiada

Os vestidos dos Globos de Ouro

Já é um hábito escrutinar os vestidos da red carpet dos Gobos de Ouro SIC Caras, se este ano ia passar ao lado, a Sofia pediu e eu como gosto muito dela e de vestidos resolvi fazer o habitual post.

Já sabemos que a nossa red carpet não é Cannes, mas não deixa de ser uma red carpet e um bom momento para usar belos vestidos, daqueles que não podemos usar todos dias, nem sequer em casamentos porque não queremos ofuscar a noiva, mas mesmo assim todos os anos temos desilusões, com tanta oferta e figuras capazes de vestir qualquer trapo e brilhar é desilusão atrás de desilusão e este ano não foi exceção, mas também tivemos vestidos bonitos.

 

As que (quase nunca) acertam e voltaram a falhar

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Há quem peque por levar tecido a menos, este vestido claramente tem tecido a mais.

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Por falar em exagero, demasiados folhos.

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Ele é demasiadas riscas, demasiados folhos, mas esta gente resolveu exagerar em tudo?

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A Lucy até para o que nos habituou não está nada mal, mas duas rachas e um decote em V? Não havia necessidade nós já sabemos que ela está em forma, exagero!

 

As grandes desilusões da noite

 

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Diana Chaves que nos habituou a looks tão bonitos e sofisticados resolveu usar um vestido tão descontraído que parece que vai não a uma gala, mas uma afther party na praia.

 

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Raquel Prates que murro no estômago, é diferente, mas não consigo gostar.

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Oceana não é que estejas mal, mas o vestido é assim um pouco para o tia, merecias algo mais espetacular, mas adoro o cabelo.

 

Os grandes e enormes fails

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Sara Matos achou que o tema seria o mambo só assim se explicam aquelas mangas.

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Não, não e não, não é um vestido bonito e o cabelo não ajuda.

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OMG que laço é aquele? É mesmo para parecer uma nanny.

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Demasiado viúva negra.

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Mais do mesmo o que neste caso é mesmo muito aborrecido e com muito óleo.

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Dânia este corte imperial não te favorece, dá-te os kg que a depularina te tirou.

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Outra vez duas saias? Deve ser promessa.

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Alguém que levou à letra a cor azul elétrico! My eyes, my eyes.

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Um vestido tipo sereia só resulta se for cintado, assim parece só um caso de veludo com escamas.

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Sarita demasiada informação, um fato de renta não é muito bonito, mesmo que tapes o rabiosque com meia saia.

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E o pior da noite é este casal, pior do que isto é quase impossível.

 

Os vestidos que gostei

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Não é um assombro, mas não é feio e fica-lhe bem, melhor do que inventar e dar tiros aos lado.

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Este Elie Sab dá-me vontade de o levar dar uma voltinha, mas falta-lhe qualquer coisa para ser espetacular.

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Não consegui ver a parte da frente do vestido, mas o padrão e as cores são giros.

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Palavras para quê? Quem sabe, sabe.

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Custódia Gallego a mostrar que não é preciso inventar muito.

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Não está espetacular, mas ela é tão fofinha que fica bem em qualquer coisa.

 

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Simples e eficaz, só subia um pouco o decote.

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Carolina com essa silhueta podes vestir qualquer coisa.

 

Os queridinhos da noite

 

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A Raquel como sempre impecável, gosto muito da cor e da simplicidade do vestido, cuja graça é dada apenas pelo tecido.

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A Sofia não fez por menos e de branco arrasou, aquele acessório ao lado também ajuda.

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Há a Cláudia Vieira e depois há o resto, tem sido assim e parece-me que continuará a ser.

 

A revelação da noite

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Não é a Victoria Guerra, é mesmo a Mariana Pacheco que estava linda de morrer.

A actriz perdeu bastante peso e num vestido bastante simples com um corte intemporal para mim ganhou a noite.

Mulheres destacam-se nos Globos e não foi pelos vestidos.

A passadeira vermelha vestiu-se de preto em protesto e solidariedade com as vítimas de assédio e agressão sexual do meio cinematográfico, as atrizes desfilaram quase todas de negro e a larga maioria estava até melhor do que o habitual, porque todas sabemos “com simples vestido preto nunca me comprometo”.

Mas existiu uma declaração ainda maior e que parece ter passado despercebida, a noite foi ganha pelas mulheres e pelas suas histórias.

 

Melhor filme dramático - Três Cartazes à Beira da Estrada

Passaram-se sete meses sobre o brutal assassinato de Angela, a filha adolescente de Mildred Hayes. Inconformada com a actuação das autoridades, que parecem pouco empenhadas em encontrar o culpado, Mildred resolve chamar a atenção para o caso alugando três cartazes à entrada da cidade de Ebbing, no estado norte-americano do Missuri. As frases que publica em cada um questionam directamente a competência de William Willoughby, o chefe de polícia. Essa atitude vai desencadear uma espiral de violência na cidade, com a polícia a querer demonstrar a falsidades das acusações e Mildred a tentar a todo o custo que seja feita justiça.

 

Melhor mini-série – Big Litle Lies

Big Little Lies conta a história de três mães que se aproximam quando seus filhos passam a estudar juntos no jardim-de-infância. Elas aparentemente têm vidas perfeitas, mas os acontecimentos que se desenrolam levam as três a extremos como assassinato e subversão.

Já falei da mini-série aqui, acreditem vale a pena ver.

 

Melhor série - Handmaid's Tale

Depois de um atentado terrorista ceifar a vida do Presidente dos Estados Unidos e de grande parte dos políticos eleitos, uma facão católica toma o poder com o intuito declarado de restaurar a paz. O grupo transforma o país na República de Gilead, instaurando um regime totalitário baseado nas leis do antigo testamento, retirando os direitos das minorias e das mulheres em especial. Offred é uma "handmaid", uma mulher cujo único fim é procriar para manter os níveis demográficos da população. Na sua terceira atribuição, ela é entregue ao Comandante, um oficial de alto escalão do regime, e a relação sai dos rumos planejados pelo sistema.

Sem dúvida foi a série de 2017, prende-nos ao ecrã enquanto nos dá constantes murros no estômago, forte, violenta é imperdível.

 

O que estes três títulos têm em comum? Todos eles relatam histórias de mulheres fortes, resilientes que se provam capazes de ultrapassar episódios dramáticos e traumáticos, que encontram forças para continuar a viver independentemente da sua história.

Há muito que várias atrizes reclamam a si o direito a papéis de destaque na sétima arte, na literatura temos vários exemplos, as séries parecem ter acordado mais cedo para o poder das histórias femininas, esperemos que o cinema lhes siga as pisadas e que existam mais filmes protagonizados por mulheres, afinal não é só a vida dos homens que merece ser contada.

Big Litle Lies – A série de 2017

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A série ou mini-série é tão boa que tem duas atrizes nomeadas para o globo de melhor atriz principal e duas atrizes nomeadas para melhor atriz secundária, e posso dizer-vos que é muito difícil dizer quem merece levar o globo para casa.
A série baseada no romance com o mesmo nome de Liane Moriarty, criada e escrita por David E. Kelley relata ao longo de sete episódios a vida de cinco mulheres numa cidade maravilhosa onde a vida parece igualmente maravilhosa, mas à medida que a série se desenrola os segredos, os problemas vão sendo desvendados.


A série é altamente viciante, não só pela história mas pelas fantásticas interpretações, com um elenco de luxo, surpreendemo-nos a cada momento quando percebemos que até as personagens com menos relevância são protagonizadas por atrizes e atores reconhecidos.
No ecrã juntam-se Reese Witherspoon como Madeline Martha Mackenzie, Nicole Kidman como Celeste Wright, Shailene Woodley como Jane Chapman, Alexander Skarsgård como Perry Wright, marido da Celeste, Adam Scott como Ed Mackenzie, marido da Madeline, Zoë Kravitz como Bonnie Carlson, a segunda esposa do Nathan James Tupper como Nathan Carlson, ex-marido de Madeline, Jeffrey Nordling como Gordon Klein, marido da Renata e Laura Dern como Renata Klein.
Reese Witherspoon e Nicole Kidman estão nomeadas para melhor atriz principal, Shailene Woodley e Laura Dern nomeadas para melhor atriz secundária e Alexander Skarsgårdna para melhor ator secundário na categoria de mini-série, estando Big Liitle Lies nomeada também para melhor mini-série, somando 6 nomeações.

Destaque para Darby Camp como Chloe Mackenzie a sua performance não fica nada a dever a Reese Witherspoon sua mãe na série e a dinâmica entre as duas personagens é deliciosa.


Não falarei sobre a história, é uma série para ver sem ler spoilers, lá em casa previmos a maioria das situações, mas mesmo assim não descolamos do ecrã e basicamente devoramos os sete episódios.
Aconselho vivamente enquanto esperam pelos próximos capítulos de This Is Us e The Walking Dead, não se deixem iludir com as primeiras imagens, é uma série dramática e com contornos trágicos, um retrato da sociedade e dos seus problemas, explora a dinâmica familiar e escolar e prende-nos entre um misto de revolta, compaixão e admiração.


O bónus?

Uma banda sonora incrível, para mim a melhor de 2017 que para além dos covers que mostrei aqui  tem uma música no genérico tão viciante quanto a série e que só conheci pela série.