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Língua Afiada

As pessoas não são inconscientes, são criminosas.

O que se passou no passado fim-de-semana na Fórmula 1 em Portugal foi de uma estupidez bárbara, não por ter público, porque é possível ter eventos com público e respeitar as normas de distanciamento social e manter os expetadores em segurança, mas pela forma como deixaram esse público à vontadinha, é que nem foi à vontade, foi à vontadinha.

As fotos não enganam, para além de não serem cumpridas distâncias, foram encontradas várias soluções criativas para as máscaras, para além dos habituais narizes de fora e máscaras a proteger o queixo, tivemos máscaras a proteger a testa do sol e o pescoço do vento.

O que muitas pessoas não sabem é que no meio desses expetadores estavam inúmeras pessoas dos concelhos mais afetados, pessoas que tinham o dever de permanecer na sua área de residência, pior do que isso estiveram presentes pessoas que deveriam estar em confinamento profilático, ainda pior uma dessas pessoas presentes no evento fez o teste dois dias antes e deu positivo para Covid-19.

Agora pergunto? Sem desculpar as autoridades que continuam a apanhar papéis, não desculpando o Governo que mais desgoverna.

Como vamos travar esta pandemia quando as pessoas são incapazes de seguir simples indicações como ficar isoladas 10 dias? Já nem pedem mais, são apenas 10 dias.

Perguntam pelas autoridades? Há imensos, demasiados agentes de autoridade infetados, e se estando todos ao serviço seriam poucos para fiscalizar tantas pessoas, assim reduzidos fica praticamente impossível fiscalizar seja o que for.

A situação está a ficar insustentável, estão a enviar turmas inteiras para casa o que leva a que um dos pais dessas crianças vá para casa, em alguns casos os dois, quem é que vai manter o país em atividade se começarmos a ficar infetados e em quarentena em catadupa?

Em notícia, greve de enfermeiros, cinco dias de greve em Novembro.

Como?! Como é possível terem coragem sequer de colocar essa hipótese?

Está tudo louco? O que acham que vai acontecer? Que vão ter uma greve e depois deixam de estar exaustos? Como se a pressão que a greve exercerá não piorará tudo. Simpatizo com a causa dos enfermeiros, mas a prioridade não pode ser esta, usar a pandemia para forçar o governo a ceder é indecente.

Este vírus veio sem dúvida mostrar o pior das pessoas, veio demonstrar que a Humanidade é realmente incapaz de se unir para sobreviver, se não conseguimos fazer estes pequenos sacrifícios para não sermos infetados por um vírus, como é que vamos conseguir abdicar dos desperdícios e confortos que poderão travar as alterações climáticas?

Egoístas, incapazes de ceder um milímetro para ajudar a travar esta pandemia, os números estão a escalar, a pressão sobre o SNS está a aumentar e, lamentavelmente, teremos um cenário dantesco nos hospitais como tiveram Espanha e Itália, nem com exemplos em tempo real as pessoas conseguem aprender, continuam com o negacionismo porque não conseguem enfrentar a realidade.

Queixam-se que não querem ser uma manada de cordeiros, ordeiros e comandados pela pandemia, mas têm comportamentos de risco, negam o perigo, propagam asneiras, no fim pagaremos todos a fatura, não ficaremos todos de férias pagas em casa, entendam de uma vez por todas que não há dinheiro para isso, seremos lançados aos leões e infelizmente nem será a seleção natural a decidir, mas sim os médicos que terão de equacionar os que têm mais probabilidade de sobrevivência.

É assim tão complicado usar máscara?

Não usaremos máscara para sempre, mas há pessoas que por não usarem máscara poderão desaparecer para sempre.

 

 

 

 

 

António Costa não é um polvo, é a rainha das vespas asiáticas.

Não há polvo com tentáculos suficientes para definir a área de atuação de António Costa, a sua influência prolonga-se de tal forma a todos os quadrantes e áreas que só mesmo a rainha de um ninho de vespas velutinas é capaz de o personificar.

Vespa velutina é altamente eficaz, uma predadora nata, elimina com eficiência as espécies concorrentes, esta configura uma ameaça à sustentabilidade nacional, com consequências diretas para a população.

Tal como a vespa asiática, António Costa quando sente o seu ninho ameaçado, reage de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até aniquilar a ameaça.

O que se tem assistido nos últimos tempos em Portugal é uma usurpação da democracia, uma usurpação camuflada, mas descarada que ganhou novo fôlego à boleia do Covid-19.

As manobras de diversão sempre foram usadas na política, mas a última que António Costa usou tem requintes maquiavélicos, a obrigatoriedade da instalação da APP Stayaway Covid, se por um lado a simples proposta de obrigar a instalar uma APP é uma afronta à nossa liberdade e uma porta que não podemos, nem queremos abrir, é também uma forma eficaz de medir a disposição dos portugueses para escancarar essa porta, sendo que ao mesmo tempo foi uma importante distração para o que se estava a passar no parlamento.

No dia 16 de Outubro o parlamento rejeitou um projeto de resolução da Iniciativa Liberal que recomendava ao Governo que criasse um portal online de transparência e monitorização do processo de execução dos fundos europeus, de livre acesso ao público.

PS votou contra este projeto, porquê? Já diz o ditado quem não deve, não teme. Qual o problema dos cidadãos saberem onde é que o dinheiro, que é de todos nós, está a ser investido?

É claro que este projeto seria importantíssimo para garantir que os fundos seriam gastos corretamente, porque todos nós sabemos que vão sempre parar às mãos dos amigos dos amigos.

Este assalto à democracia começou com a substituição da Procuradora Geral da República Joana Marques Vidal, depois com a ida de Mário Centeno para o Banco de Portugal e mais recentemente com o afastamento de Vítor Caldeira do Tribunal de Contas.

A pressão para a aprovação do Orçamento de Estado 2021 é tanta, que o Presidente da República e os partidos da geringonça parecem marionetes articuladas, é preciso aprovar o OE a qualquer custo porque podemos não recebemos os 58 mil milhões de euros da EU, para onde irão esses milhões deixou de ser importante, só importa é que cheguem cá.

Isto deveria ser escrutinado e divulgado amplamente para travar este assalto ao poder, mas a única voz ativa é a de José Gomes Ferreira, que tem demonstrado a sua indignação, da qual partilho, será que não haverá ninguém capaz de colocar um travão a António Costa?

Sinceramente, neste momento, da forma que as coisas estão, já nem os 58 mil milhões importam, que haja crise política, o que é importante é salvar a democracia e a isenção dos órgãos de soberania, esta conspurcação da democracia tem de parar, sob pena de sermos, como diz José Gomes Ferreira, a próxima Venezuela.

Deixo dois vídeos de José Gomes Ferreira que dão uma boa perspetiva dos tempos sombrios que atravessamos.

 

Tribunal manda para casa pai que confessou abusar das filhas

Um homem de 60 anos confessa que abusou das duas filhas em frente ao juiz e este manda-o para casa sem sequer proibição de contactar com as filhas.

Gostava muito de saber como é que uma pessoa capaz de tomar uma decisão destas chegou a juiz, que ideais e valores defende, que moral advoga, que competência tem para julgar o comportamento dos outros.

E gostava muito que me explicassem que leis permitem que isto aconteça? Como é que se permite que isto aconteça?

Já sabemos, já me debrucei sobre o assunto várias vezes, que a moldura penal dos crimes sexuais tem de mudar, mas tem de mudar com urgência, mas cada vez tenho mais certeza que é preciso mudar também os juízes, que não representam de todo a “moral e bons costumes” que deveriam representar.

A sua reputação não está apenas abalada pelas sentenças inadequadas e acórdãos absurdos que envergonham as pedras da calçada da rua escura, são também as suas ligações a esquemas de corrupção e até as suas ações enquanto cidadãos, soube há dias que um juiz ficou a dever dinheiro a um jardineiro, não lhe abrindo sequer a porta para o receber, não se trata de uma quantia exorbitante, mas é dinheiro e não pagar a quem trabalha é a mesma coisa que roubar, aliás é pior, porque além de roubo é menosprezar, brincar com o trabalho dos outros.

Todos os dias sinto um pouco mais de vergonha da sociedade portuguesa, não demorará que com a exposição que estamos ter, porque estamos na moda, a sermos ridicularizados em todos os cantos do mundo, se fizessem uma série cómica de Portugal seria um sucesso garantido.

Tanta podridão, tanta corrupção, tantos esquemas, políticos que vivem em conluio com banqueiros, construtores, sociedades de advogados, justiça fraca e omissa, milionários, só de nome, que esbanjam dinheiro que um dia será pago por todos nós, comunicação social submissa e o povo a assobiar para o lado mais interessado no campeonato e em saber o que o André dirá à Joacine.

Vivemos tempos opacos, ocos e fúteis, preenchidos por trivialidades que não nos enaltecem ou enobrecem, vivemos tempos obscuros, que nem com toda a luz da verdade exposta a cru se clareiam, pois há sempre alguém de sentinela pronto para fechar todas as portas, janelas e frinchas.

Estamos dependentes das zangas e dos arrufos entre os poderosos, ou de hackers que procuram a fama, para enxergarmos aquilo que sempre soubemos, mas que temos dificuldades em admitir, somos um bando de carneiros, manada submissa que pasta alegremente neste pasto à beira-mar plantado, felizes como as vacas dos Açores, mas completamente dopados para dar permanentemente leite fresco, pois tudo pode correr mal em Portugal mas os impostos, qual leite, nunca faltam.