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Língua Afiada

Os dissimulados

Não há nada pior do que lidar com pessoas dissimuladas que demasiadas vezes conjugam este artifício com outros igualmente detestáveis e são também oportunistas, falsas e bajuladoras, não fossem más o bastante ainda acrescentam a tudo isto o síndrome de coitadinhas, pobrezinhas, parecem cachorrinhos abandonados sem beira, nem eira com o rabo metido entre as pernas, orelhas baixas e olhar triste, parecem meigos e ternurentos daqueles que apetece acolher em casa e que na impossibilidade de o fazer damos-lhe umas festas, compramos-lhe comida, tentamos minimizar o seu sofrimento com tudo o que esteja ao nosso alcance.

 

Um lobo em pele de cachorro à espera de mostrar as presas ágeis e certeiras, qual a diferença destas pessoas para as pessoas falsas? As dissimuladas são mais fáceis de apanhar porque basta alguém lhes dizer que não para vestirem de imediato a pele de lobo, perdem o ar de coitadinho, perdem a humildade quase patética que os acompanha e demonstram orgulho e arrogância.

As suas palavras mansas e cordiais dão lugar a frases curtas, cruas e agressivas, assim de uma assentada demonstram que não só são ferozes como já não lhes interessa perder tempo com aquela pessoa que os está a desmascarar.

 

Ficam num impasse, será que foram realmente descobertos? É aqui que se diferenciam os dissimulados inteligentes dos espertos, os inteligentes darão tempo ao tempo e desculpar-se-ão mais tarde com um ataque de nervos, os espertos tentarão mudar o jogo a favor deles e para isso irão recorrer à artimanha mais velha e mais pacóvia de todas que é tentar colocar terceiros contra o seu alvo, chamando a atenção para o caso e levando a que este seja analisado com olhos frescos e isentos. Um erro, um olhar atento e treinado saberá detetar nas palavras e nos atos a maledicência velada do espertinho e a partir daí tudo o que disser e fizer será escrutinado, está perdida para sempre a sua máscara.

 

Desteto qualquer tipo de espertinhos, mas aqueles que usam o seu suposto desfavorecimento para manipularem, obterem simpatia, empatia e compaixão são os que mais abomino. Pessoas que usam a sua condição desfavorecida para obterem favores não são melhores dos que usam posições de poder para o fazer, o princípio é mesmo e é desprezível, só que os coitadinhos escondem-se os outros ao menos afirmam-se e sabemos com o que podemos contar.

Estas pessoas têm uma agenda bem definida, não olham a meios para atingirem os fins, usam e abusam da bondade e boa vontade das pessoas que os rodeiam, têm uma visão enviesada da realidade destorcida por invejas ruminadas e um complexo narcisista recalcado.

Pensam sempre que os outros estão melhor do que eles porque foram favorecidos e por isso têm obrigação de os levar ao colo, de os amparar e de os ajudar, porque a vida foi injusta com eles sem motivo porque são mais merecedores do que todos os outros, porque aos seus olhos são especiais e superiores.

Escondem-se numa educação polida, nas palavras medidas, na tonalidade da voz que mudam conforme a música toca ou não a seu favor, conforme necessitam ou não do interlocutor, são manipuladores natos e até serem desmascarados levam muitas pessoas na sua cantiga, quando percebem que daquele poço já não sai mais água mudam para o seguinte e repetem o esquema, é algo que lhes é natural.

 

Tenho a sorte, se é que se pode considerar um infortúnio deste sorte, de conhecer bem uma pessoa assim, uma dissimulada inteligente, por isso é fácil de detetar os dissimulados, especialmente os espertos que se desmascaram a eles próprios por na sua vaidade de se julgarem espertos abrem-se que nem livros é só dar-lhes um pouco de corda.

A Língua Escrutina # 3 – Máscaras de Carnaval - Que falta de imaginação

Mais uma vez as personagens da Frozen são as protagonistas do dia, já não bastava serem as protagonistas de todas as festas de aniversário de meninas dos 2 aos 10 anos, agora são também a fantasia mais popular do Carnaval.

Sou só eu que estou cansada de ver Elsas e Anas no Facebook?

As Minnies continuam populares, pelas fotos quer-me parecer que andam a reciclar fantasias, o que acho muito bem, ir agora comprar uma fantasia da Frozen quando se tem uma que só foi usada 8h da prima? Não faz sentido nenhum.

Voltando ao assunto, será que não há crianças criativas e com desejos estranhos? E os pais? Não conseguem incutir-lhes um pouco de espírito individual?

Há uns anos as nossas fantasias resumiam-se a vestirem-nos de bruxa, sopeira, rancheira, sevilhana, princesa e de mulher adulta, pouco se passava disso.

Há 30 anos atrás a escolha não era muita, já tínhamos sorte se tivéssemos algo para usar, nos dias de hoje com tanta escolha seria muito mais giro escolherem fantasias diferentes.

 

Se eu tivesse filhos as fantasias deles seriam algo dentro disto.

 

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Eu sei que é uma princesa mas não é lindo o vestido?

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Tão fofo!

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Se fosse o pai a escolher seriam qualquer como isto:

 

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Acho que era capaz de escolher mesmo o Wall E!

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