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Língua Afiada

Como escolher um aspirador II – Aspirador do Lidl

Escolher o novo aspirador lá para a casa foi uma saga, acabamos por escolher o X Trem Power Cyclonic, que tive oportunidade de fazer uma apreciação aqui

Na verdade o meu marido nunca ficou convencido com o aparelho, mas eu que estava sem aspirador há semanas na altura achei que era fabuloso, e era, a comparar com a vassoura era realmente muito bom, mas a certo ponto também eu comecei a desconfiar que o aspirador não aspirava bem, especialmente carpetes.

Cansada das queixas do aspirador e do próprio aspirador, há uns meses vi um aspirador no folheto do Lidl a 49,99€ e na hora de almoço fui compra-lo, assim, sem grandes pesquisas ou ponderações.

Promoção Aspirador Ciclone sem Saco 850W em Lidl

Em casa fiz o teste, aspirei a carpete da entrada com o aspirador antigo e depois com o novo, contra factos não há argumentos, o aspirador do Lidl, 4 vezes mais barato, aspira melhor.

Mais leve, mais prático, mais fácil de despejar, mais económico, é uma maravilha e o bónus? Tem 3 anos de garantia.

Por isso já sabem se procuram uma solução económica e funcional o modelo do Lidl é uma excelente opção, têm um modelo mais caro à volta dos 80€ que deverá ser ainda melhor, se soubesse que iria sair um mês depois talvez tivesse optado pelo mais caro, mas sinceramente o que comprei é excelente.

Resolvi colocar esta informação porque o post do aspirador é um dos mais lidos do blog, pois acredito que cada vez mais as pessoas se tentem informar antes de comprar, é importante fazer compras ponderadas.

Estou muito satisfeita com esta compra, sempre gostei dos pequenos domésticos do Lidl, mas estou cada vez mais fã.

Como escolher uma máquina de lavar roupa?

A minha querida máquina de lavar roupa avariou, avariou logo quando queria comprar um novo forno, lá em casa estraga-se tudo ao mesmo tempo, logo depois avariou a máquina de lavar louça, que felizmente foi possível reparar, entretanto tivemos também de reparar a bomba da água do poço, só boas notícias para começar o ano em grande.

Sempre que decidimos comprar um eletrodoméstico ou aparelho de um valor considerável acabamos por fazer uma pesquisa sobre a melhor opção do mercado e como já é habitual vou partilhar convosco o resultado da minha pesquisa.

Antes de escolherem o modelo, existem algumas caraterísticas que devem ter em atenção:

 

Capacidade de lavagem

Grandes capacidades de carga – 10, 11 e 12 Kg

- Indicadas para quem necessita de lavar grandes quantidades de roupa, não é necessário ter uma família numerosa para escolher este tipo de máquina, pode até ser uma pessoa sozinha que costume juntar a roupa de vários dias e fazer apenas uma ou duas lavagens por semana.

 Se a capacidade de lavagem pode assustar, convém não esquecer que a maioria das máquinas de grande capacidade têm meia carga e função fuzzy logic que doseia a água conforme a roupa que se coloca, permitindo poupar água e tempo a cada lavagem.

- Outro fator importante uma máquina de grande capacidade lava pouca roupa e já o contrário não acontece.

- Em termos de poupança ao fazer menos lavagens acaba por poupar na fatura da água e da eletricidade a longo prazo, mas como ainda não existem muitos modelos os valores destas máquinas são substancialmente mais altos.

 

Baixas capacidades de carga – 5 e 6 kg

- Já não existem muitos modelos com estas capacidades e por norma apresentam menos funcionalidades, se podem ser atrativos pelo preço é conveniente analisar as etiquetas energéticas e perceber se a longo prazo o barato não sairá caro.

- Um tambor de 5 ou 6 kg não permite lavar um cobertor ou edredão o que pode implicar mais idas à lavandaria que seriam evitadas com a escolha de uma máquina com mais capacidade, é uma despesa a ter em conta na seleção da máquina.

- Indicadas para quem faz muitas lavagens de pouca quantidade de roupa.

 

Capacidades médias de carga – 7, 8 e 9 kg

- Indicadas para quem tem necessidade de fazer várias lavagens de capacidades médias, relembro que estas máquinas com mais funcionalidades têm funções que permitem lavar quantidades mais pequenas de roupa sem prejuízo dos gastos de eletricidade e água.

- Tal como a capacidade, também o seu preço é médio, como são as capacidades mais vendidas é onde existe mais concorrência, logo mais modelos, mais promoções e preços mais competitivos.

- Muitos modelos, mas muitos diferentes, a oferta é muita, mas convém perceber as diferenças entre as várias opções do mercado.

 

Eficiência energética

- A eficiência energética é muitas vezes mal interpretada, é normal o consumidor só analisar o indicie de eficiência energética total, mas há muito mais a ler na etiqueta energética do produto.

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- Comparar o consumo anual de água e a eficiência energética de secagem é igualmente importante, de notar que máquinas de maior capacidade consumem mais água, mas não significa que sejam menos eficientes.

 

Velocidade de centrifugação

- As rotações por minuto da centrifugação variam entre as 1000 e 1600 rpm, sendo que as 1600 rpm apenas estão presentes em máquinas de maior capacidade, quanto maior a capacidade de rotação maior a extração de água da roupa, mas também maior a torção que esta sofre, a partir das 1400 rpm o ganho não compensa o estrago, a não ser para têxtis muito resistentes como toalhas de banho.

- Se pretende secar a roupa na máquina de secar tenha em atenção que centrifugar a 1000 rpm ou a 1400 rpm faz muita diferença.

 

Programas e funcionalidades

- É nesta parte que é preciso ter especial atenção, ler os manuais de instruções é importante para percebermos como funciona cada máquina e quais os programas que têm disponíveis, grande parte dos utilizadores utiliza sempre o mesmo programa, mas a adequação do programa a cada tipo de lavagem pode garantir uma grande poupança ao final do ano.

Quais a funcionalidades que procurei:

- Possibilidade de ajustar a velocidade de centrifugação em cada programa, há modelos em que não é possível ajustar.

- Programa especial para roupa de bebé.

- Possibilidade de realizar apenas um programa de enxaguamento e centrifugação.

- Ter um programa rápido.

- Ter um tambor que não danifique a roupa.

 

Considerar relação preço/qualidade – estudo Deco

O produto mais caro não é necessariamente a melhor opção e por isso é importante verificar quais as melhores opções em termos de qualidade/preço, no meu caso ao consultar o estudo da Deco não tive dúvidas, o teste não é público mas podem consultar alguma informação aqui:

Um dos resultados dos testes que mais influenciou a decisão foi a eficácia de enxugamento que deixa muito a desejar em diversos modelos.

 

A nossa escolha:

No fim decidimos comprar uma máquina com capacidade de lavagem média, de 8 kg, com 1400 rpm e que tivesse eficiência energética A+++, não foi difícil encontrar o modelo pois a Samsung WW80J5555MW cumpre todos os requisitos e é uma das escolhas acertadas da Deco com 71 pontos em 100, sendo que o modelo que ficou em primeiro lugar no teste obteve 75 pontos e tem um preço duas vezes mais alto.

Com um preço a rondar os 320€ em lojas online, esta máquina é a número 1 no top do site kuantokusta o que não é surpreendente pois apresenta uma excelente relação qualidade/preço.

 

Uma advertência, segundo relatos que encontramos as peças para as máquinas da marca Samsung são relativamente caras, mas ponderando a eficácia da máquina a lavar, o preço de compra e a fiabilidade da marca optamos por este modelo, já que o número de assistências às máquinas Samsung é bastante reduzido quando comparado com outras marcas.

Neste momento a vida útil de um eletrodoméstico ronda os 10 anos e não é por se comprar uma marca de topo que estes irão durar muito mais, para compensar a diferença de preço em vez de 10 os aparelhos teriam de durar 30 anos e não é preciso ser cientista para perceber que circuitos eletrónicos e água não são um casamento para 30 anos.

Espero que esta informação vos possa ser útil.

A indignação por alguém ter a casa paga em 5 anos

Os portugueses são mesmo mesquinhos e invejosos, não conseguem ficar felizes com as conquistas dos outros e são incapazes de aprender com elas, acredito mesmo que é precisamente o contrário, o seu desporto favorito é rebaixar e arranjar justificações completamente absurdas para tentar diminuir essas conquistas.

Os portugueses perdoam tudo aos ricos, aos que têm tachos, aos que têm cunhas, justificam a sua miséria com a sorte dos outros e são incapazes de sair da sua concha e perceber que é possível fazer diferente, mesmo que eles não consigam há pessoas que conseguem, se pode parecer um milagre nesta sociedade castradora de mobilidade social, pode, mas que é possível é.

Este texto vem a propósito desta imagem no blog Contas Poupança, imagem inicialmente publicada no Facebook do blog e que gerou uma onda de comentários completamente absurda.

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É impressionante a quantidade de pessoas que sentem incomodadas com o facto de um casal conseguir liquidar o crédito habitação aos 35 anos, a par das incomodadas estão as incrédulas e as que tentam arranjar justificações, que não sejam as dadas pelo casal, para que isso tenha acontecido.

A pessoa escreveu que foi “ com muito trabalho, muita poupança e muita organização”, mas ninguém consegue acreditar nisso e dão as desculpas mais inusitadas e parvas, há mesmo quem fale em incapacidade e doença oncológica, mas está tudo doido?

Não sei que realidade conhecem, mas eu conheço casais que tinham a casa paga até antes dessa idade e não receberam nenhuma fortuna e não viveram reféns em casa como alguns sugerem, mas são pessoas muito organizadas, poupadas e ponderadas e espantem-se até têm carros novos.

Não tenho casa própria, mas tenho capital para a pagar uma (e isto é relativo pois depende muito do tipo de casa que estamos a falar) não recebemos nenhuma herança e não recebemos ordenados milionários, não vivemos fechados em casa e tivemos uma infelicidade na vida que nos privou de ter agora mais capital.

Esta postura irrita-me profundamente porque sofro com ela algumas vezes, assim como pessoas que conheço também sofrem, só porque escolheram organizar a sua vida de forma a não dependerem de créditos, nem todos temos essa escolha, é verdade, mas também não é preciso andar a pagar um crédito em 40 anos só porque o banco permitiu, mas se conseguem estar bem com essa situação, quem sou para dizer que fizeram uma má opção.

Cada um gasta o seu dinheiro como quer e leva a vida da forma que bem entende, as prioridades e escolhas de cada pessoa ou casal apenas a eles dizem respeito, não há formas piores nem melhores de viver, existem apenas diferentes formas de viver e encarar a vida, o dinheiro, por mais que nos custe admitir, faz parte da nossa vida e é uma parte importante, é o dinheiro que define muito do que somos, porque aquilo que somos também depende do que fazemos e o dinheiro condiciona o que fazemos e como nos relacionados, não tenham ilusões, o dinheiro até as nossas amizades condiciona.

O que me espanta é a dualidade de critérios, de uma forma geral, do que vou ouvindo, todas as pessoas dizem que o facto de não terem casa paga e de terem essa obrigação todos os meses lhes condiciona muito a vida e as escolhas, curiosamente não vejo nenhuma dessas pessoas interessada em estabelecer o pagamento da casa como prioridade, preferem gastar o dinheiro num sem fim de coisas à sua escolha, mas amortizar o crédito não é opção, e é simples de explicar, muito simples, financeiramente compensa, especialmente a quem tem filhos, porque neste país tudo favorece quem deve e não quem poupa.

Deixem-se de lamentos se querem estar livres desse fardo psicológico que é ter um crédito habitação, estabeleçam como prioridade a sua liquidação, se não é isso que pretendem deixem de criticar e atacar quem o faz, queriam agora o melhor de dois mundos, ter a casa paga e ter a dedução do crédito nas prestações da creche, no cálculo dos subsídios e dos abonos, era espetacular, mas não é possível.

Deixo-vos um conselho, analisem o vosso crédito, se calhar até poderiam pagar bem menos se fizessem um esforço para entenderem o que é pagam.