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Língua Afiada

5 dicas para Networking em 2018

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Executamos da melhor forma o trabalho que temos de realizar no nosso emprego, executamos igualmente com competência todo o trabalho extra, porém desleixamos as funções da nossa própria empresa.

Todos somos uma empresa, mesmo que trabalhemos para uma entidade patronal e nunca tenhamos realizado nenhum trabalho por conta própria, mas esquecemo-nos muitas vezes de nos promovermos a nós próprios e às nossas competências, com tantas formas de promoção gratuitas, num mundo global onde o digital assume um papel cada vez mais relevante na contração e prospeção de mercado, simplesmente ignoramos o networking, essa ferramenta fantástica para ampliar conhecimentos, encontrar parceiros e até oportunidades de trabalho.

No meu caso, esta negligência é flagrante, conheço as ferramentas e sei a importância da divulgação, deixar a auto promoção para último lugar é um disparate, mas a verdade é que no meio de tantas prioridades o networking fica para terceiro plano.

 

Iniciei a semana com esta ideia na cabeça - é preciso semear para colher - por isso é essencial divulgar, promover, mostrar ao mundo, nem os meus familiares e amigos sabem o que realmente faço, a tentativa de não levar o trabalho para as conversas privadas acaba por ter esse efeito negativo, algumas pessoas devem pensar que tenho um trabalho extremamente aborrecido e sem graça, já aconteceu, perfeitamente normal porque simplesmente não falo de trabalho, aliás se o faço normalmente é sobre um problema.

Errado, completamente errado, devemos conversar sobre os projetos, sobre os desafios, sobre as conquistas, não devemos alterar ou amplificar, devemos ser verdadeiros, porque o mundo empresarial é pequeno e é-se apanhado muito facilmente, mas devemos dar a conhecer o que fazemos e como o fazemos, um dia um amigo em conversa com outro amigo pode lembrar-se de nós, mas se não souber o que fazemos nunca se lembrará.

2018 será para mim o ano do networking, o ano em que tirarei tempo para divulgar as minhas atividades extras, mas também o ano em que farei um esforço para falar do meu trabalho fora do trabalho, este esforço tem um objetivo concreto a prospeção, quando se tem um emprego por conta de outrem o trabalho aparece sem ser convidado, mas quando trabalhamos por conta própria é preciso procurar, e a procura é em si um trabalho constante que só vai a bom porto com persistência, organização e foco.

O networking é uma ferramenta poderosíssima quando usada correta e diariamente, promover o que fazemos deve ser uma tarefa de todos os dias e não só quando sobra tempo, em 2018 o networking será uma prioridade.

 

 5 dicas para potenciarem o networking em 2018:

 

1 - Redes sociais

Devemos utilizar as redes socias para divulgarmos o nosso trabalho, não só as empresariais, todas são válidas, é por isso que devemos ter perfis “limpos” nas redes sociais, para além de não sabermos quem as poderá investigar, o nosso perfil é como um cartão-de-visita, é demonstrativo da nossa personalidade, devemos pensar que imagem pretendemos transmitir aos outros.

Publicar o portfólio, os projetos em que estamos envolvidos, conquistas da empresa, conteúdos que demonstram não só o nosso trabalho, mas o nosso compromisso com a empresa ou com o nosso trabalho demonstra que somos pessoas dedicadas.

 

2 -Rede de amigos e amigos dos amigos

Dizem que estamos apenas a seis pessoas de qualquer pessoa do mundo, por isso quando comunicamos com as pessoas que nos rodeiam estamos na verdade a comunicar com o mundo, é tudo uma questão de ser lembrado, nada como recordar os amigos que somos excelentes profissionais e que estamos sempre disponíveis para novos desafios.

No entanto, a nossa rede de amigos pode ser insuficiente por isso é importante aparecer nos circuitos certos, eventos empresariais, congressos, conferencias, feiras são locais importantes para travar conhecimentos, mas é muitas vezes nos eventos sociais que o contacto é mais fácil, por isso é importante sair de casa, promover encontros com amigos e com amigos de amigos, ir ao teatro, ao cinema, ter hobbies e frequentar cursos sobre os mesmos, são várias as opções o importante manter uma vida social ativa.

 

3 - Curriculum Vitae atualizado

Pode parecer ultrapassado, mas a verdade é todos deveríamos ter sempre o CV atualizado pronto a ser enviado, não necessita de ser o CV Europeu, pode ser outro tipo dependendo da área de atividade, mas é conveniente tê-lo atualizado e até personalizado consoante o tipo de emprego ou tarefa, ter três ou quatro modelos prontos para responder a qualquer eventualidade acompanhados de uma carta de apresentação é uma boa estratégia preventiva, não queremos um CV construído à pressa, todos sabemos que a pressa é inimiga da perfeição.

 

4 – Ser interessante e verdadeiro

Cultivar-se, ler sobre diferentes assuntos, estar informado dos temas da atualidade, ser capaz de falar sobre tudo e ter uma opinião fundamentada é essencial para ser interessante. As empresas procuram pessoas proactivas, informadas, inteligentes, devemos saber falar de tudo e mostrar-nos preocupados e conscientes do mundo que nos rodeia.

Quando não estivermos à vontade com um tema, devemos explorar a opinião dos que nos circundam recolhendo informação, não só se aprende como se demonstra interesse, mais do que falar é preciso saber ouvir.

Não mentir e não falar mal dos outros, não deveria ser necessário explicar isto, mas nos tempos que correm é fácil cair na tentação de engradecer algo ou desprestigiar alguém para sobressair, a longo prazo é uma péssima estratégia, devemos sempre ter uma atitude ética e correta.

 

5 – Recomendar e indicar

O primeiro passo para ser recomendado é recomendar e indicar, é importante recomendar pessoas cujo trabalho conhecemos, caso não seja o caso isso deverá ser clarificado de imediato, indicando a pessoa, mas fazendo referência que só a conhecemos a nível pessoal.

Devemos também fazer o posterior acompanhamento questionando o desempenho da pessoa, é importante demonstra preocupação com a recomendação e responsabilidade, o que é sempre muito apreciado.

Quanto mais recomendações conscientes realizarmos, mais probabilidade temos de ser recomendados, é a lei do retorno a funcionar.

Resoluções para 2018

Afinal quero fazer uma lista de resoluções para 2018, já estamos em Fevereiro, mas acho que ainda vou a tempo, até porque Janeiro valeu por um ano inteiro em tantos aspetos negativos que só quero risca-lo do calendário.

 

1 - Deixar de ser crente

Como se diz aqui no Porto – fia-te na virgem e não corras, pois nunca fiando, nunca fiando, por isso vamo-nos deixar de ingenuidades e correr, as pessoas são más, as pessoas não mudam e por isso acabou-se a crença nas pessoas e no bem, é preciso deixar de ter fé na esperança que tudo acabará bem, a vida não é um conto de fadas.

 

2 - Eliminar as expetativas

Este ano é que vai ser, agora é que vai correr tudo bem, finalmente parece que vejo luz, afinal é só a vista a ficar cansada do escuro, não vai nada correr bem porque a vida corre mal naturalmente como corre bem outras vezes, não há propriamente um calendário, já devias saber disso. - Voltar ao ponto 1.

 

3 – Deixar de sonhar com o que poderia ser

Ninguém sabe disto, mas sonho, muito, sonho muitíssimo acordada, não é preciso muito, eu do pouco faço muito, basta uma pontinha de esperança para eu sonhar todo um filme, antevejo todo um futuro promissor, cheio de sucesso, felicidade, harmonia, como sou feliz nos sonhos que tenho acordada. Para quê? Só para criar expetativas que nunca se concretizarão. – Voltar ao ponto 2.

 

4 – Deixar de construir realidades alternativas

É um escape e uma prisão, quando algo não corre como eu espero eu construo toda uma realidade alternativa, ou outras realidades, pode variar consoante o dia, faço uma espécie de plano B, isto é tão critico que chego a ver a minha vida até ser velinha, dá medo mas imagino-me muitas vezes a morrer de diversas formas, em diversas idades e em diversas vidas alternativas? Para quê perder tempo com o que nunca acontecerá. – Voltar ao ponto 3.

 

5 – Dar às coisas a importância que elas têm

Viver intensamente, sentir intensamente cada dia, pois isso é muito bonito quando estamos de bem com a vida, quando a vida nos corre mal é só uma grande frustração, por isso nada melhor do que a apatia, as coisas correm mal paciência, nem tudo pode correr bem, é seguir em frente e assobiar para o lado e cantar para espantar os males, nem vale a pena fazer planos alternativos, eles saião igualmente furados, é assim a vida. – Voltar ao ponto 4.

 

Estes cinco pontos têm sido a receita para tentar conviver pacificamente com a vida, é triste, é verdade, mas os sonhos criam-nos demasiadas expetativas e estou cansada de nada ser como eu esperaria que fosse, olho para a minha vida e não há uma única coisa que esteja como eu queria ou ambicionava.

O que faço para mudar? Nada, parece que há uma relutância que me impede de lutar, como se achasse que é a vida que mereço, não me reconheço, mas também não me quero encontrar, no entanto, nunca me conheci tão bem, talvez seja essa a minha maior desilusão, conhecer-me e não gostar de mim, aceitar que me acomodo, que me escuso de mudar, que prefiro ficar quieta a sair da minha zona de conforto enquanto encorajo os outros a mudar é o grande paradoxo da minha vida.

Resoluções para 2018 sobreviver a este turbilhão de sentimentos contraditórios, a esta bipolaridade de emoções, encontrar um caminho e ter coragem de o seguir, porque às vezes é preciso dar um passo atrás para correr em frente, não sejas crente. – Voltar ao ponto 1.

Nunca é sempre

Resolução para a vida quando eu disser nunca mais, esse nunca será para sempre.

 

Não faço ideia como manter estes “nuncas” em mente, mas que tenho de os ter presentes tenho, por isso tenho de encontrar uma estratégia para me recordar deles, uma espécie de cábula para os momentos de hesitação ou um guia para a vida.

Pensei em tatua-los assim seria garantindo que estavam sempre comigo, mas para além de não apreciar tatuagens, não sei se tenho superfície suficiente visível aos meus olhos para os tatuar.

Um caderno talvez seja boa ideia, mas tem de ser um bem pequeno para que caiba em todos estilos de malas e o possa levar todo lado.

Um pergaminho para usar num colar também seria interessante, escreveria tudo em letrinhas pequeninas, enrolava-o meticulosamente e usava-o ao pescoço, consigo imaginar uma peça bonita e enigmática.

Posso criar um sistema de memorização e correspondência, onde uma letra ou desenho corresponde a um nunca, pouparia espaço e sempre exercitava a memória.

 

Não sei qual o sistema, doutrina que irei implementar, mas tenho que me disciplinar, quando digo nunca há uma razão muito forte para o fazer, por isso não posso esquecer essa razão, a razão é lógica, o impulso é isso mesmo um impulso, por isso se há razão no nunca esse nunca logicamente tem de ser para sempre.

Não esquecer que para além da lógica há o instinto, quando o meu instinto dá sinais de alerta e me leva a questionar é porque algo pode correr mal, nada como confirmar no manual de “nuncas” se ele já existisse teria confirmado.

Se não querem atentar contra os vossos “nuncas” sigam a sugestão e comecem a pensar em tê-los presentes para sempre.