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Língua Afiada

Uma palmada não educa

É a conclusão de um estudo publicado Journal of Family Psychology, não é que tenham descoberto a pólvora, basta uma conversa com qualquer psicólogo ou sociólogo para perceber que a punição física por mais leve que seja não produz nada de bom.

Comportamento gera comportamento e se impomos a nossa autoridade aos nossos filhos através de palmadas e puxões de orelhas eles irão impor essa mesma autoridade na escola aos colegas e mais tarde aos seus filhos.

O estudo vai mais longe e diz que “quanto mais os pais batem nos filhos maior a probabilidade destes os desafiarem e de no futuro aumentarem os comportamentos anti-sociais e níveis de agressividade, assim como problemas mentais e cognitivos”, ou seja disciplinar pela violência só gera mais violência.

De facto a punição com uma palmada ou uma estalada tem o mesmo feito psicológico que uma agressão mais grave, por mais leve que seja não deixa de ser uma agressão e pessoas que sofrem agressões têm mais probabilidade de desenvolverem distúrbios e desvios comportamentais.

Eu levei as minhas palmadas e tenho pela consciência que isso só aumentou o meu grau de agressividade, os meus pais não foram mais agressivos do que o considerado normal para a época, na altura os professores ainda aplicavam reguadas na escola, tive a sorte de nunca ter sido punida com essa prática humilhante.

Estas vivências condicionam negativamente o meu comportamento, pois sempre vi como normal a punição física das crianças e embora tenha consciência que é errado e prejudicial nem sempre é fácil ter o discernimento de não optar por essa via.

Sejamos sinceros é mais simples dar uma palmada numa criança do que lhe explicar porque deve ou não deve ter certo tipo de comportamento.

Um dia quando tiver filhos espero ter a calma e o discernimento necessário para não optar por esse caminho, há quem consiga, conheço casos de sucesso, eu espero conseguir.

E não adianta virem com a conversa que uma palmada não faz mal a ninguém.

Há 40 anos era aceitável que os homens dessem palmadas nas mulheres que fossem suas esposas, irmãs e filhas já adultas.

Frases como se bateu é porque mereceu eram comuns e nos dias de hoje a sociedade não aceita esse comportamento.

Acredito que daqui a uns anos o mesmo se passe em relação às crianças, aliás a legislação já vai de encontro isso.

Violência gera violência, existem outras formas de educar que fazem pais e filhos mais felizes, não acredito que nenhum pai são fique feliz por bater num filho, assim como os filhos se sentem magoados com os pais.

É imperativo educar os pais neste sentido, assim como é importante não confundir educar sem violência com permissividade e passividade.

10 comentários

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    Psicogata 03.05.2016 14:11

    Permite-me discordar com isso, a educação cabe aos pais desde que respeite a lei.
    Não que ache que as palmadas que dês ao teu filho possam ser um caso de polícia, mas a verdade é que são proibidas e as pessoas devem mentalizar-se disso.

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    Ana Rita 🌼 03.05.2016 14:53

    Sim eu só lhe sacudo o pó...não dou tareias de meia noite (tadinho...é pequenino).
    Mas acho que ás vezes uma palmada (com conta, peso e medida) não mata ninguém...eu não morri (também poucas apanhei).
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    Psicogata 03.05.2016 14:55

    As mulheres que apanhavam dos maridos raramente morriam, a maioira das vezes eles só lhe sacudiam o pó
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    Ana Rita 🌼 03.05.2016 15:12

    Ai Psicofofa nada a ver...tadinho do meu Pikiko nem cara tem para levar uma galheta.
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    Psicogata 03.05.2016 15:19

    Acredito que sim Ana, nem te estou a imaginar a ser agressiva, demonstras que não és a escrever.

    Mas a verdade é a não devíamos dar palmadas. Espero ter paciência para não o fazer.

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    Ana Rita 🌼 03.05.2016 15:24

    Eu sei e ainda à uns dias fui ao colégio do meu filho porque ele dizia "a x deu uma palmada ao Pikiko" "a y deu uma porrada no Pikiko" (nomes das auxiliares) e eu e o meu esponjo fomos lá para dizer que a próxima vez (sendo a boa da verdade...que não acredito que o menino esteja a mentir mas também não quero acreditar que seja totalmente verdade) ia haver consequências pk se eu evito ao maximo bater, não admito que uma educadora/auxiliar/ou raio que parta bata no meu filho.
    Não sou violenta nem pouco mais ou menos mas às vezes dou-lhe uma palmada na fralda (adivinha? não resulta)
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    Psicogata 03.05.2016 15:28

    Lá está não resulta essa é a questão :)
    Quanto ao que se passa no colégio acho que fazes bem, se as educadoras ou auxiliares de educação não sabem educar sem bater como podem conseguir as pessoas sem formação fazê-lo? Têm de dar o exemplo.
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    Ana Rita 🌼 03.05.2016 15:32

    Eu sou apologista dos castigos e de lhe tirar aquilo que ele gosta.
    Quanto ao colégio, estou a ponderar em Setembro pô-lo noutro.
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    Psicogata 03.05.2016 15:35

    Acho que fazes bem se tens esse problema, eu também faria o mesmo.
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